Policial penal que foi afastado após morte de jovem agredida e atropelada em frente à casa noturna no PR retorna ao trabalho

O policial penal envolvido na morte da jovem Daiane de Jesus Oliveira retornou ao trabalho no Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), em funções administrativas, de acordo com o próprio órgão.

Ele está afastados das funções operacionais desde 28 de maio deste ano, quando a mulher foi agredida e morta após atropelamento. Imagens de câmera de segurança mostram Daiane sendo retirada da casa noturna Monlight e, em seguida, sendo agredida por seguranças e largada na rua.

Instantes depois ela é atropelada e morta após ser arrastada por um carro. Após a divulgação das imagens, o policial foi afastado das funções operacionais porque é um dos seguranças que aparece nas imagens.

O g1 tenta contato com a defesa dele.

De acordo com o Depen, foi instaurado um processo administrativo contra o policial e "no momento em que tiver resoluções será publicado no Diário Oficial".

De acordo com a Delegacia de Homicídios de Cascavel, o inquérito policial ainda não foi concluído porque o laudo que vai apontar a velocidade do carro na hora do atropelamento ainda não está pronto.

A confusão

Imagens de câmera de segurança, sem áudio, mostram a briga a partir das 4h32 da manhã. Um homem com uma lanterna parece repreender a jovem, na calçada, em frente à Moonlight.

Às 4h33, o homem chuta o que parece ser uma lata de bebida. A jovem reage, vai para cima do homem e os dois começam a brigar na rua. Ela leva pelo menos dois chutes e um empurrão.

Conforme a confusão avança, outras duas pessoas saem de dentro de um estabelecimento. Inicialmente, elas não intervém fisicamente na briga e ficam assistindo.

Ainda às 4h33, a jovem corre em direção a um objeto na rua. Um outro homem avança e a segura por poucos segundos. Em seguida, o primeiro homem que estava na briga volta a empurrá-la e, após isso, ela fica deitada na rua.

Ainda às 4h33, uma moto passa pelo local e desvia da jovem deitada no asfalto.

Às 4h34, um grupo de cinco pessoas sai de dentro do mesmo estabelecimento e observam, da calçada, a jovem ainda deitada na rua.

Poucos segundos depois eles veem um carro se aproximando e fazem sinal com as mãos que tem alguém no chão. O carro não para e passa por cima da jovem.