Em um julgamento que durou mais de 15 horas no Fórum de Ponta Grossa, a decisão dos jurados foi apresentada pouco depois da meia-noite desta sexta-feira (14): Samuel Silva e Renata Borges, padrasto e mãe do jovem autista Rômulo Borges, foram condenados pelo júri popular.
Em um julgamento que durou mais de 15 horas no Fórum de Ponta Grossa, a decisão dos jurados foi apresentada pouco depois da meia-noite desta sexta-feira (14): Samuel Silva e Renata Borges, padrasto e mãe do jovem autista Rômulo Borges, foram condenados pelo júri popular. A maior pena foi aplicada para Samuel, que estava com o menino de 19 anos no momento da sua morte: o padrasto foi condenado a 26 anos de prisão, em regime fechado, pelos crimes de homicídio qualificado, cárcere privado, tortura e fraude processual.
Renata, que na denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR) não respondia pelo homicídio, porém pelos demais crimes citados acima, acabou condenada a pouco mais de três anos de prisão em regime aberto. Antes do julgamento, Samuel já estava detido na Cadeia Pública Hildebrando de Souza, enquanto a mãe respondia ao processo em liberdade. O resultado do caso veio quase um ano e meio após o crime, quando Rômulo foi encontrado morto na residência do casal em fevereiro do ano passado.
Fernando Machado, advogado de defesa do padrasto, destacou que a defesa avalia a possibilidade de recorrer da decisão e destacou que "a defesa tinha pleno conhecimento da dificuldade que enfrentaria nesse julgamento, principalmente pelo pré-julgamento social que já havia nessa caso". Machado ainda aponta que se tratou de um "processo muito longo e com muitos documentos para serem avaliados, tornando, assim, um júri muito técnico".
O portal aRede tentou contato com o advogado de Renata, Roberto Corrêa, mas ainda não obteve retorno.