A operação "Claquete" deflagrada pelo Gaeco foi anulada agora a tarde pelo Tribunal Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Os juizes entenderam, de forma unânime, que a competência da apuração dos fatos era da Justiça Eleitoral. Com a decisão, todos os atos e a deflagração da ação policial foi anulada. E tudo que foi apurado durante a investigação e com os mandados de busca e apreensão será descartado.
A operação "Claquete" investigava supostas irregularidades nas eleições para o governo do Estado em 2014 e 2018 e na disputa pela prefeitura de Curitiba em 2016. As suspeitas são de crime de corrupção, fraude em licitação e falsidade ideológica.
LEMBRE:
À medida em que avançam, sob sigilo, as investigações da Operação Claquete, do GAECO, que tinha como alvo central o ex-secretário estadual e municipal da Prefeitura de Curitiba, Marcelo Catani. Documentos obtidos com exclusividade revelaram que, além dele, foram alvos da busca e apreensão requerida pelo Ministério Público as empresas Get Contabilidade e Soluções Empresariais, Constelação Filmes, Arte Lux Produções Cinematográficas e TIF Comunicação, assim como as pessoas físicas Diana Moro da Cunha e Talantha Aparecida Bazotti, ligadas ao meio publicitário e político.
A investigação envolvia os políticos que nomearam Catani para atuar na comunicação social do setor público: Beto Richa (PSDB) e Rafael Greca (PSD). Vale lembrar que o senador Sérgio Moro (União), eleito em 2022, também contratou Marcelo Catani. De forma estranha até, já que era o juiz da Lava Jato quando Beto Richa, hoje deputado federal, foi preso.
A operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco – que apurava corrupção na área da Comunicação Social do Governo do Estado, batizada de "Operação Claquete", desnuda o ingresso de determinadas personagens que vem comandando verbas publicitárias nos últimos dez anos no Estado. Tudo com a cumplicidade delituosa estabelecida entre contratante e fornecedores, segundo o Gaeco.
Na "Operação Claquete", desencadeada pelo Gaeco, foram confiscados computadores e celulares de algumas agências de publicidade, produtoras de vídeo e do ex-secretário de Comunicação do Governo Beto Richa, Marcelo Catani. Até mesmo o Tribunal de Contas do Paraná estava na mira da investigação.
A investigação é por peculato (artigo 312 do Código Penal), com pena de reclusão de 2 a 12 anos.
E agora? Seria uma forma de calar uma investigação que poderia chegar em políticos poderosos e com mandato? Esperar para ver.