Alexandre Santini, ex-sócio de Flávio em uma franquia da Kopenhagen, diz que algum Bolsonaro será preso por "crimes na política"
O empresário Alexandre Santini, ex-sócio do senador Flávio Bolsonaro na franquia da Kopenhagen que foi investigada no caso das rachadinhas, publicou mensagem no Instagram sugerindo que um integrante da família Bolsonaro cometeu crimes e poderá ser preso no futuro.
Santini não cita o nome de nenhum Bolsonaro em específico, mas diz não se referir ao ex-presidente. O empresário menciona um pedido de cidadania italiana e a "força política" no Rio de Janeiro. Ele e Flávio estão rompidos.
"Conexão RJ – BSB A questão é ser "HONESTO", e não "Direita ou Esquerda" Não estou falando de "J.B" Vieram te buscar, mas conseguiu correr Não adianta tentar escapar, tudo é questão de tempo, pois provas não faltam para seus inúmeros "crimes na política" que vão te levar para a PRISÃO", diz um trecho da postagem, ilustrada com a foto de um agente da Polícia Federal dentro de um avião.
"Acredite e aceite, no RJ e MP sua "força política" já não é a mesma Cidadanias italianas ainda não concedidas Aonde será [sic] suas próximas longas férias, a sua sonhada cidadania não será necessária, tão pouco [sic] seu "foro privilegiado", e terá tempo para refletir sobre seus inúmeros erros. Um conselho: "Brasília não é para Amadores"", finaliza Santini.
A publicação foi postada no perfil de Santini no Instagram. A página é restrita para amigos.
Santini foi apontado como o "sócio laranja" de Flávio Bolsonaro na franquia da Kopenhagen que o senador mantinha em um shopping na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O Ministério Público afirmava que a loja era usada por Flávio para lavar dinheiro no esquema da rachadinha.
A denúncia contra Flávio foi rejeitada pela Justiça do Rio de Janeiro, em maio do ano passado. O Ministério Público apresentou recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em fevereiro, para tentar retomar as investigações contra o senador.
O empresário não foi localizado para comentar a postagem. As investigações contra Santini também foram encerradas a mando da Justiça.