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Tava doidão? Relembre cinco vezes em que Bolsonaro atacou o sistema eleitoral

Por Brasil de Fato

29/04/2023 às 09:45:37 - Atualizado hĂĄ
Brasil de Fato

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) afirmou à PolĂ­cia Federal, na Ășltima quarta-feira (26), que o ex-presidente estava sob efeito de medicamentos quando publicou um vĂ­deo em seu perfil no Facebook questionando o resultado das eleições de 2022, que consagraram Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) como chefe do Executivo nacional. A publicação foi feita dois dias depois dos atos terroristas de 8 de janeiro.

A postagem fez com que Bolsonaro se tornasse alvo no inquérito que apura os responsĂĄveis pelos atos terroristas de 8 de janeiro, relatado por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro disse aos investigadores da PolĂ­cia Federal que sua intenção era compartilhar o vĂ­deo com alguns contatos no Whatsapp, mas que confundiu os aplicativos e acabou compartilhando no Facebook. O vĂ­deo foi apagado duas horas depois, após alimentar as redes bolsonaristas com a tese de fraude nas eleições.

EquĂ­voco ou não, o vĂ­deo de 10 de janeiro não é uma exceção na trajetória de Bolsonaro. O ex-presidente questionou com frequĂȘncia o sistema eleitoral ou Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante seu mandato à frente do PalĂĄcio do Planalto.

Relembre ataques do ex-presidente ao sistema eleitoral

No dia 6 de janeiro de 2021, respondendo para um seguidor no chamado "cercadinho", Bolsonaro levantou dĂșvidas sobre o processo eleitoral de 2018, quando enfrentou, e venceu, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

"A minha [eleição] foi fraudada, tenho indĂ­cio de fraude na minha eleição. Era para eu ter ganhado no 1Âș turno. Ninguém reclamou que foi votar 13 e a maquininha não respondia, mas o contrĂĄrio – quem ia votar 17 – ou não respondiam ou apertava o '1' e jĂĄ aparecia o '13'", afirmou Bolsonaro à sua claque.

No mesmo ano, mas em 14 de maio, Bolsonaro passou a especular argumentos para uma possĂ­vel derrota para Lula. Na ocasião, o ex-presidente afirmou que o petista só venceria se houvesse fraude.

"O bandido foi posto em liberdade, foi tornado elegĂ­vel, no meu entender para presidente, na fraude. Ele só ganha na fraude ano que vem. E eu tenho falado: se o Congresso votar e promulgar o voto impresso, teremos voto impresso ano que vem", disse o ex-presidente.

Em 10 de junho de 2020, Bolsonaro usou a eleição peruana, vencida pelo progressista Pedro Castillo, para fazer ilações sobre os sistemas dos dois paĂ­ses. "Ouso dizer, depois de 7 mandatos, temos melhorado sim o Parlamento brasileiro. Tenho certeza, ano que vem ficarĂĄ melhor ainda. Se Deus quiser, com voto auditĂĄvel. Estamos acompanhando a eleição no Peru. Não pode. Uma coisa esquisita. Em alguns paĂ­ses na América do Sul, a eleição é decidida no Photochart (equipamento de cronometragem de corridas usado para decidir sobre resultados muito próximos). Esquisito."

Em 12 de julho de 2022, o Bolsonaro afirmou a eleição de 2018 no primeiro turno. "Vamos mostrar 2014, eleição de 2018, onde eu ganhei no primeiro turno. Eu falo isso não dĂĄ boca para fora, tenho como provar". O ex-presidente, no entanto, nunca apresentou tais evidĂȘncias.

Quinze dias após a derrota para Lula, em novembro de 2022, a candidatura de Bolsonaro, capitaneada pelo PL, seu partido, entrou no TSE com um pedido de verificação extraordinĂĄria do resultado do processo eleitoral.

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