Litoral Paraná

Concessionária pede autorização da ANTT para realizar obras que podem evitar novos deslizamentos na BR-376; custo seria aplicado em reajuste da tarifa, diz diretor

Por G1

19/04/2023 às 20:12:49 - Atualizado há
Divulgação
Pedido foi encaminhado à Agência no início de abril. Em novembro do ano passado, deslizamento de terra matou duas pessoas. A Arteris Litoral Sul encaminhou à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) um pedido para realizar obras em um local fora da faixa de domínio do contrato de concessão do km 668 da BR-376, trecho onde houve um deslizamento de terra em 28 de novembro de 2022.

Na época, 14 pessoas foram atingidas pelo deslizamento, sendo que duas morreram. A rodovia liga os estados de Paraná e Santa Catarina e é administrado pela Arteris desde 2008.

No ofício obtido pelo g1, a concessionária aponta que a terra cedeu por conta de uma primeira ruptura, que provocou o deslocamento da terra que estava abaixo.

"Essa primeira ruptura causou o represamento de água das intensas chuvas, e, quando o represamento se elevou o suficiente, encharcando e aumentando o peso do solo, houve a segunda ruptura, a qual, devido ao grau de saturação do solo, foi capaz de produzir os estragos identificados", cita o ofício. Em entrevista ao g1, o diretor superintendente de Operações da Arteris, Cesar Sass, salientou que a área onde ocorreu a primeira ruptura está cerca de 100 metros acima da faixa de dominío, que não é de responsabilidade da empresa.

No ofício, a Arteris argumenta que "como já houve o deslizamento de massa no local da ruptura 1, o não tratamento da área deixaria o solo exposto, aumentando muito a possibilidade de ocorrência de novos eventos, que poderiam acabar inutilizando as obras da ruptura 2 e até chegando à pista de rolamento".

Solução

O diretor da concessionária explicou como serão as obras que devem resolver definitivamente o problema no trecho da rodovia.

"O que temos estudado com os géologos é aquilo que chamamos de solo grampeado. Basicamente, é regularizar o talude, colocá-lo em uma inclinação adequada, fazer os furos com tirantes até chegar a um local com sustentação, instalar uma malha e depois aplicar o concreto. É a solução encontrada para que o tráfego seja liberado totalmente".

Próximos passos

Cesar Sass informou que a Arteris aguarda a permissão da ANTT para iniciar as obras. Antes do trabalho efetivo das máquinas, será preciso ir atrás de autorizações ambientais e promover desapropriações da área escolhida.

Conforme o diretor, a concessionária se reuniu na semana passada com representantes da Agência, que teria sinalizado a agilizar a aprovação do pedido.

Reequilíbrio

No mesmo ofício, a Arteris pede o reequilíbrio econômico-financeiro das obras que devem ser feitas no local que originou o deslizamento na BR-376. Relembre abaixo como foi.

Segundo o diretor superintendente da concessionária, o custo da intervenção, que ainda não foi calculado, deve ser aplicado no reajuste da tarifa cobrada dos usuários. Veja mais abaixo.

Diretor de Operações da concessionária afirma que custo da obra será inserido no reajuste

"Essa obra que está fora da faixa de domínio tem que ser reequlibrada, e esse reequilíbrio é aplicado na tarifa. O reajuste ocorre a cada ano, e quando for calculado, o custo será aplicado nessa revisão", afirmou Sass.

A tarifa básica do pedágio passou de R$ 4,10 para R$ 4,70 em dezembro de 2022 nas estradas federais administradas pela Arteris entre Curitiba e Florianópolis.

Bloqueio

O km 668 da BR-376 chegou a ser interditado por 12 horas na terça-feira (18). A liberação aconteceu após decisão em conjunto entre a Arteris Litoral Sul e a Polícia Rodoviária Federal.

Conforme a concessionária, a rodovia está operando com duas pistas nos dois sentidos. A previsão é que uma terceira faixa seja liberada na pista para Curitiba em junho.
Fonte: G1
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