Litoral PARANAGUÁ

No próximo domingo (02), é o Dia Mundial da Conscientização do Autismo

Por Da Redação

30/03/2023 às 13:30:29 - Atualizado há

O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, 2 de abril, foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2007. Essa data foi escolhida com o objetivo de levar informação à população para reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O autismo é caracterizado por desafios em habilidades sociais, comportamentos repetitivos, fala e comunicação não-verbal; entretanto, terapias adequadas a cada caso podem auxiliar essas pessoas a melhorar sua relação com o mundo.

Indivíduos com TEA podem e devem conquistar seu lugar na sociedade porque eles também têm aptidões e talentos específicos em determinadas e variadas áreas do conhecimento.

Elaine Assunção, Psicóloga da APAE Paranaguá destaca a importância do dia 2 de abril. “A importância é estar falando a respeito do assunto de modo a informar tanto a comunidade como as famílias, para que haja a intervenção precoce para o tratamento”, explica ela.

Segundo a Psicóloga, desde cedo, ainda durante a amamentação é possível perceber alguns indícios que podem sinalizar que a criança possui o espectro autista.

“Desde bebê as mães já podem estar percebendo os comportamentos dos seus filhos através da interação deles com as coisas e pessoas ao seu redor. Um exemplo é quando o bebê está mamando no seio e não faz o contato visual com a mãe, a criança com autismo tem dificuldade para estabelecer essa relação. Outro ponto a ser observado é a demora no falar e andar, uma criança que já tem por volta dos três anos de idade e não estabelece a fala precisa ser observada, ou então, aquela criança irritadiça que chora a toa e que não estabelece contato físico como dar beijos, tchauzinho, não se aproxima de outras crianças para brincar”, orienta ela.

Eliane acrescenta. “O problema do diagnóstico é que muitas vezes os pais se deixam levar por opiniões de que cada criança tem seu tempo de desenvolvimento e nem sempre é isso. A primeira providência é solicitar exames junto à um neurologista, não que o autismo possa ser diagnosticado através de exames, mas por meio deles é possível descartar outros problemas, o que facilita a descoberta do espectro autista”.

A Psicóloga também reforça a importância da APAE no primeiro diagnóstico. “A APAE é uma escola que atende de forma pedagógica e especializada nesta área. É essencial esse primeiro apoio para a família, a qual, percebe que não está sozinha. O importante é que o autista receba esse atendimento precoce tanto na APAE como nas escolas de atendimento padrão, dependendo do caso”, completa ela.

A parnanguara Bruna Carolina e o esposo, perceberam alguns sinais logo cedo. O filho Noah foi diagnóstico com autismo aos dois anos de idade.

“Nós começamos a desconfiar quando ele passou a andar e brincar de forma diferente. Ele sempre gostava de olhar as coisas por baixo, amava brincar com rodinhas e ficava muito feliz com elas, se deixasse passava horas rodando elas. Brincava muito deitado e tinha resistência a tocar em certos tipos de textura, não muito com os pés, mas com as mãos. Quando ficava muito feliz ele gritava e esticava as mãos e o corpinho. O atraso na fala foi a nossa bandeira vermelha pra correr atrás de ajuda, já que ele estava para completar dois anos e ainda não falava nada. Um dia depois de ter completado dois anos nós recebemos o diagnóstico”, relembra Bruna.

Para que a evolução do tratamento seja satisfatória, a rotina do pequeno Noah é puxada.

“A rotina dele é bem cheia. Vai para a escola, faz terapias com fono, psicóloga, psicomotricidade, musicoterapia, integração sensorial e natação. Iniciamos com as terapias logo após o diagnóstico e apesar de ainda não falar, todas elas contribuíram e ainda contribuem muito para o desenvolvimento dele”, conta a mãe.

Para finalizar, Bruna deixa um recado para os pais que acabaram de descobrir que o filho é autista.

“O diagnóstico é um processo difícil, mas também é um alívio muito grande, afinal hoje temos acesso a muitas informações e direitos. É mais fácil ajudar no desenvolvimento da criança quando você sabe o que ela é e do que ela precisa. Pior seria, tanto pra família quanto para a criança, viver ignorando o diagnóstico e atrasando o desenvolvimento dela.
O autista possui um atraso no desenvolvimento e isso não significa que ele não possa aprender. Com muito amor, repetição e terapias, a evolução vai acontecer. Acredite!”, aconselha ela.

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