PolĂ­tica Direitos Humanos

Frente parlamentar quer o fortalecimento de políticas públicas para a população feminina

Por Agência Câmara

29/03/2023 às 16:24:23 - Atualizado hĂĄ
Deputada Yandra Moura fala ao microfoneA deputada Yandra Moura, presidente da nova frente parlamentar


Com a presença de representantes da bancada feminina, que ainda se veem subrepresentadas no Congresso, e com a intenção de promover discussões sempre suprapartidĂĄrias, foi lançada nesta quarta-feira (29) na Câmara dos Deputados a Frente Parlamentar para o Fortalecimento da Mulher.

O objetivo, segundo texto lido durante a cerimônia, é fiscalizar e acompanhar projetos de lei, programas e polĂ­ticas pĂșblicas para a população feminina, que representa 53% do total dos brasileiros.

Foram apresentados dados que reforçam a necessidade dessas polĂ­ticas pĂșblicas especĂ­ficas. Entre eles, os do Monitor da ViolĂȘncia, relativos a 2022, que apontam que, a cada seis horas, uma mulher é vĂ­tima de feminicĂ­dio, e as estatĂ­sticas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que mostram que as mulheres ganham 20% menos do que homens ocupando as mesmas funções.

Frentes nas cidades
Segundo a presidente da frente parlamentar, deputada Yandra Moura (União-SE), o grupo vai trabalhar em temas como igualdade de gĂȘnero, violĂȘncia doméstica e a dificuldade de as mães solo criarem os filhos. A ideia é levar a frente para os municĂ­pios e promover audiĂȘncias pĂșblicas, tendo coordenadoras em cada estado e considerando as diferenças regionais.

"Aqui em BrasĂ­lia, a gente sabe que a violĂȘncia doméstica é muito grande. LĂĄ em Sergipe, tem o assunto sobre a desigualdade e a falta de oportunidade de trabalho para as mulheres. Então cada estado é um paĂ­s, cada estado tem suas dificuldades e é por isso que a gente quer abrir a coordenadoria para todos os estados", explicou Yandra Moura.

Temas prioritĂĄrios
A procuradora da Mulher da Câmara, deputada Maria Rosas (Republicanos-SP), acredita que a criação da frente parlamentar soma forças para o debate e o trabalho de fazer com que as polĂ­ticas pĂșblicas cheguem até a população feminina.

"Temos trĂȘs assuntos para a gente tratar como prioridade: saĂșde da mulher, empreendedorismo e a maior participação da mulher na polĂ­tica. Nós sabemos que nós temos aqui 18% do Parlamento, então precisamos de mais a gente propagar isso e trazer essas mulheres para o debate e participar, jĂĄ que no ano que vem nós temos eleições municipais e tudo acontece no municĂ­pio", afirma Maria Rosas.

Dificuldades
Durante o evento de lançamento da frente, as deputadas destacaram que são pouco mais de 100 parlamentares do sexo feminino juntando Câmara e Senado e reclamaram de dificuldades de estar nos espaços de poder.

A deputada Delegada Katarina (PSD-SE), por exemplo, contou que foi questionada se era a esposa do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), só porque estava ao lado dele em uma reunião da bancada da Segurança PĂșblica na residĂȘncia oficial.

JĂĄ a deputada Franciane Bayer (Republicanos-RS) ouviu de um parlamentar homem que as mulheres não deveriam estar na Comissão de Segurança PĂșblica, mas procurar temas como Educação e FamĂ­lia. "Como se mulheres não pudessem tratar de economia, de finanças, de segurança pĂșblica", criticou Franciane.

Além de Yandra Moura na presidĂȘncia, outras trĂȘs deputadas foram escolhidas vice-presidentes da Frente Parlamentar para o Fortalecimento da Mulher: Tabata Amaral (PSB-SP), Luisa Canziani (PSD-PR) e a procuradora da Mulher, Maria Rosas.

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