Geral Paraná

Câmeras corporais de guardas envolvidos em abordagem que terminou na morte de adolescente estavam desligadas, diz Prefeitura de Curitiba

Por G1

28/03/2023 às 16:15:41 - Atualizado há
G1
Corregedoria da GM vai apurar o motivo dos equipamentos estarem desligados. Família de vítima fez protesto pedindo justiça. Prefeitura diz que câmera de guarda que matou jovem em abordagem estava desligada

A Prefeitura de Curitiba confirmou que as câmeras corporais dos guardas municipais envolvidos na abordagem que terminou na morte do adolescente Caio José Ferreira de Souza Lemes, de 17 anos, estavam desligadas.

O caso aconteceu no último sábado (25), na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

Caio foi baleado e morreu no local. No Boletim de Ocorrência (B.O.) que a RPC teve acesso, os guardas afirmam que o adolescente teria tirado do boné uma faca de 25 centímetros após supostamente fugir da abordagem.

O agente que disparou disse que se sentiu e ameaçado e por isso teria decidido atirar.

A prefeitura informou que a Corregedoria da Guarda Municipal vai investigar o motivo dos equipamentos estarem desligados.

Conforme a prefeitura, a orientação é que a câmera corporal, que fica acoplada à farda do GM, seja ligada no início da ocorrência e só deve ser desligada quando ela termina.

As imagens poderiam ajudar a Polícia Civil a entender o que aconteceu. Um inquérito foi aberto para investigar a morte do adolescente.

O que dizem os guardas municipais

De acordo com o B.O., os agentes explicam que "faziam patrulhamento preventivo quando foram informados por um motorista de que havia pessoas na região suspeitas de tráfico de drogas".

O documento aponta que os guardas foram ao local e viram "quatro pessoas com as características citadas pelo denunciante". Segundo os guardas, Caio era um dos integrantes do grupo e teria fugido.

Os agentes descrevem no B.O. que perseguiram o adolescente com a viatura e a pé. O GM que estava no carro cercou a vítima, que teria feito movimento indicando que iria se deitar.

Foi o momento em que, segundo a versão dos guardas, Caio teria sacado a faca.

Protesto

Na manhã desta terça-feira (29), familiares e amigos de Caio protestaram na rua onde ele foi morto. Com cartazes e balões pretos para simbolizar o luto, o grupo pediu justiça.

"Eu quero saber como é o treinamento. Essa abordagem foi completamente infeliz e absurda. Abordaram o meu filho, bateram e deram um tiro na cabeça dele. Nunca mais vou ver ele", disse Lilian Ferreira, mãe do adolescente.

O pai de Caio, Claudio Lemes, disse que o filho vivia pelo bairro com os amigos da escola, soltando pipa, cortando o cabelo e conversando com os colegas.

O secretário de Defesa Social e Trânsito de Curitiba, Péricles de Matos, informou que vai apurar "com rigor" o caso "para dar uma satisfação à família do adolescente e também para a comunidade".

Segundo a Guarda Municipal, os agentes envolvidos foram afastados de serviços operacionais.
Fonte: G1
Comunicar erro

Comentários Comunicar erro

Jornalista Luciana Pombo

© 2024 Blog da Luciana Pombo é do Grupo Ventura Comunicação & Marketing Digital
Ajude financeiramente a mantermos nosso Portal independente. Doe qualquer quantia por PIX: 42.872.330/0001-17

•   Política de Cookies •   Política de Privacidade    •   Contato   •

Jornalista Luciana Pombo
Acompanhantes Goiania