Política São Paulo

Kassab defende autonomia do BC e diz que Lula terá dificuldades em aprovar pautas da esquerda

Em entrevista ao programa

Por Jovem Pan

15/03/2023 às 14:02:23 - Atualizado há
Kassab participou do primeiro programa da nova temporada do Direto ao Ponto / Foto: Reprodução/Jovem Pan News

Na estreia da nova temporada do "Direto ao Ponto", sob o comando de Adalberto Piotto, o secretário de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), foi o entrevistado da noite desta segunda-feira, 13. O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro conversou sobre a política brasileira, os trâmites do governo da maior cidade da América Latina e sua carreira, junto à bancada formada pelo jurista Fernando Capez, o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, e pelos jornalistas Thiago Pavinato e Cláudio Dantas, do grupo Jovem Pan. Nas eleições, Kassab apoiou Luis Inácio Lula da Silva à Presidência e foi questionado se, por ser de esquerda e se coligado com partidos de centro, o presidente conseguiria governar. Ele respondeu que, com certeza, haverá dificuldades. "Lula vai ter dificuldades [para aprovar pautas mais à esquerda]. Por exemplo, a autonomia do Banco Central eu sou a favor, então ele terá dificuldades [de aprovar ao contrário]. Qualquer senador e deputado [do PSD] pode votar de acordo com a sua convicção, mas teremos dificuldade de acompanhar o presidente se ele retirar essa autonomia", disparou. Ainda sobre Lula, Kassab respondeu quem é o maior adversário do presidente no momento. "[Bolsonaro] É o maior adversário do Lula, teve quase 50% dos votos, tem uma base no Congresso, quase 200 deputados federais, um número grande de senadores", iniciou o presidente nacional do PSD. "O Brasil hoje tem uma oposição de direita, liderada pelo Jair Bolsonaro e que tem uma dimensão grande", completou.

Também apoiador do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de quem é uma espécie de homem-forte de sua gestão no Palacio dos Bandeirantes, Kassab elogiou sua gestão de três meses. "São Paulo está entendendo a importância da eleição dele. Primeiro, porque é sangue novo. Era muito tempo do PSDB, estava na hora de trocar. Ele tem trabalhado muito e montou uma boa equipe. Não tenho dúvidas de que será um grande governador", resumiu. Perguntado se acredita que Tarcísio pode ser eleito Presidente da República, o político não titubeou: "O Tarcísio está iniciando seu projeto eleitoral e iniciou muito bem. Essa vinculação do Tarcísio em nível nacional em 2026 é inadequada, eu vejo o Tarcísio como liderança paulista e que precisa fazer bom governo e que seja candidato a reeleição. Ao final desses oito anos continuará jovem, então não tem nenhum sentido [colocá-lo como presidenciável para a próxima eleição]", disse. Kassab não perdeu a oportunidade de falar sobre o trabalho em conjunto de Tarcísio e Lula no litoral norte de São Paulo após a chuva que deixou dezenas de mortos.


"Isso é muito positivo, é um exemplo que os dois estão dando para o país. É fundamental que os eleitos se entendam. Espero que seja assim ao longo de todo o mandato. É civilizado e correto", disse. Por fim, o cacique do PSD ainda falou sobre orçamento secreto, tema recorrente na política em 2022. "Qual é o parlamentar que recusa, em ano de eleição, um valor de recurso tão grande? Tanto é que 90% deles aceitaram. Eu acho que quem é oposição não deve buscar verbas do governo, tem que fiscalizar e buscar alternativas. Não critico os parlamentares por usar essa verba, ano de eleição seus adversários estavam usando, mas a minha opinião é que sou contra as RP9 [nome técnico do orçamento secreto]", finalizou.

Fonte: Jovem Pan
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