A ideia é receber mais material da Rússia, que demonstrou sensibilidade com o momento difícil que o Museu Nacional enfrenta. Em setembro de 2018, a instituição teve 85% de seu acervo destruído – documentos, objetos, fósseis, múmias, mobiliário, coleções de arte e estudos científicos.
Kellner disse que “tem pensado em, talvez, ter um cantinho da Rússia” no museu, com minerais, material etnográfico e fósseis, inclusive. “Até brinquei com o cônsul que eu gostaria de ter um mamute. O que interessa é que estabeleceu-se o contato, o que é muito importante para a instituição Museu Nacional. Estamos muito felizes.”
Futuramente, quando houver maior volume de doações, o Museu Nacional poderá organizar uma exposição sobre ações científicas russas no Novo Mundo no tempo do Império. “Mas, para isso, para ser uma coisa mais substancial, é preciso ter mais material”, disse Kellner.
No início deste mês, o Museu Nacional recebeu visita de uma comitiva da nova direção do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que foi conhecer as obras de reconstrução da instituição. Para Kellner, a visita demonstra uma mudança muito importante em relação à gestão anterior. “O novo presidente do Iphan [Leandro Grass] acabou de assumir e já foi visitar o museu. [Isso] demonstra uma mudança muito importante em relação ao que era antigamente. Temos grandes perspectivas positivas e estamos entusiasmados com isso.”
“Passou o ano, as visitas começaram a se intensificar, nacional e internacionalmente”, ressaltou Kellner. Ele informou que a presidente do Conselho Internacional de Museus, Emma Nardi, visitará o museu segunda-feira (13) à tarde e que vai conversar com ela sobre diferentes possibilidade de parceria e sobre a necessidade de um novo acervo expositivo na instituição.
A ideia é fazer exposições de qualidade com intensa ajuda internacional, uma vez que o Conselho Internacional de Museus congrega centenas de instituições pelo mundo. Segundo Kellner, uma ação dessa entidade pode ajudar muito o Museu Nacional, sobretudo na questão de acervo. Ele pretende ainda manter contatos com fundações estrangeiras, em busca de ajuda financeira para a reconstrução do Museu Nacional.