Política Negligencia

Emas da Presidência morrem com obesidade

Governo Lula constatou que os animais foram alimentados com restos de comida humana na gestão de Jair Bolsonaro (PL)

Por Redação Terra

09/02/2023 às 17:11:00 - Atualizado há

Duas emas da Presidência da República morreram após apresentarem quadro de excesso de gordura. Depois de assumir o mandato, o governo de Lula (PT) constatou que os animais foram alimentados com restos de comida humana na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O governo atual afirmou estar avaliando medidas para evitar novas mortes.

Documentos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Casa Civil obtidos com exclusividade pelo site apontam que os animais estão sem acompanhamento veterinário e a maior parte deles em instalações inadequadas.


Segundo o governo federal, o governo de Bolsonaro destinou apenas um terço do orçamento anual que seria preciso para manter os cuidados com os animais, incluindo a alimentação adequada. Recentemente, alguns desses animais foram levados ao Zoológico de Brasília, com o acompanhamento do Ibama, para ficarem em locais adequados.


Uma das emas morreu na segunda semana de janeiro e outra na última semana. Ambas estavam na Granja do Torto, residência oficial da presidência em que, até dezembro, morava o ex-ministro Paulo Guedes.


Após um pedido da primeira-dama Janja, foi realizada uma avaliação dos animais nas residências no dia 6 de janeiro. O relatório apontou que a maioria deles, apesar de ter "bom estado geral de saúde", estavam em "instalações inadequadas".


Uma semana depois a primeira ema morreu. A autópsia mostrou excesso de gordura visceral, abdominal e no fígado dos animais. Segundo os técnicos que acompanharam a situação, a morte súbita "fecha com o quadro" de doenças cardíacas e hepáticas, "desencadeadas provavelmente pelo mau manejo alimentar durante os últimos anos".


Restos de comidas

Apesar do laudo final das mortes ainda não ter sido emitido, o UOL divulgou que os técnicos afirmaram nunca terem visto uma ave "com tanta gordura". Os profissionais ainda apontaram que os animais estavam sendo alimentados com restos de comida humana misturada a rações.


Neste caso, os animais estariam comendo arroz e milho junto à ração, o que pode ter causado o aumento do peso deles, por não ser a dieta correta para os bichos. A suspeita é que a mistura era feita devido à baixa quantidade de ração disponível.


Isso porque, o gasto estimado para manutenção de todos os animais dos palácios presidenciais é para obter 20 mil grãos por ano, e, em 2022, o destinado foi de apenas 7 mil. Além disso, o relatório aponta que o principal problema foi a falta de acompanhamento técnico de profissional, que não tinha na gestão de Bolsonaro.


Ainda conforme concluído pelos técnicos que avaliaram os locais, os problemas das instalações não permitiam que tivessem cuidados básicos com os bichos, como por exemplo, a vacinação. Inclusive, muitos dos animais perderam os filhotes devido a falta de ambiente adequado.


Comunicar erro
Jornalista Luciana Pombo

© 2024 Blog da Luciana Pombo é do Grupo Ventura Comunicação & Marketing Digital
Ajude financeiramente a mantermos nosso Portal independente. Doe qualquer quantia por PIX: 42.872.330/0001-17

•   Política de Cookies •   Política de Privacidade    •   Contato   •

Jornalista Luciana Pombo
Acompanhantes Goiania