Mattos respondeu com uma longa nota criticando a decisão da assembleia. "É absolutamente falsa a narrativa referente à quebra do compromisso assumido no curso do processo eleitoral interno. Reafirmo que externei, de forma pública e oficial, antes e depois da eleição, apoio à nomeação da candidata mais votada. Não obstante, o Chefe do Poder Executivo, ao exercer livremente a prerrogativa constitucional, decidiu reconduzir-me ao cargo", disse ele no texto.
Antes disso, 29 procuradores já tinham deixado seus postos em grupos de investigações temáticas, como o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O grupo tem uma série de investigações em curso e foi responsável pela prisão de chefes do tráfico e da milícia no estado.
É também o Gaeco o grupo responsável pelas investigações sobre a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes. A CNN questionou se os promotores que deixaram a força tarefa serão substituídos e se poderá haver prejuízos à investigação e aguarda retorno do MP-RJ.
A debandada acontece em meio à uma nova discussão sobre a federalização da investigação, que seria transferida para a Polícia Federal. Essa, pelo menos, é a intenção do novo ministro da Justiça, Flávio Dino.