"O problema hoje, olhando para uma lógica de mitigação de risco político, e terrorismo é um risco político muito sério no horizonte, é que o silêncio pode transcender da lógica política e entrar numa espiral de violência".
O especialista analisou também a forma como as atitudes do presidente Jair Bolsonaro (PL) após o resultado das urnas alimentam um "descrença" nas regras da democracia.
"Parte da estratégia eleitoral [de Bolsonaro] era negar o próprio processo eleitoral. Essa mescla de atitudes de Bolsonaro em que ele oscila entre o silêncio e a dubiedade alimenta uma ideia complicada para a democracia, que é a descrença das pessoas nas regras do jogo."