O descerramento ocorreu durante uma solenidade com a presença da vice-reitora da UFPR, Graciela Bolzón de Muniz, do diretor do SCB, Thales Ricardo Cipriani, da Secretária de Educação de Curitiba e filha do professor Metry, Maria Sílvia Bacila; do médico Mateus Bacila, neto do homenageado; de outros familiares, amigos e da comunidade universitária.
Os convidados destacaram pontos importantes da trajetória pessoal e profissional de Bacila. Maria Sílvia revelou que, embora dominasse vários temas da área científica, Metry sempre demostrou humildade e generosidade com os colegas e alunos. “Seu brilhantismo na ciência deixou um legado sobretudo na forma como conseguiu propagar esse conhecimento para todas as pessoas que passaram por suas salas de aula”.
Cirpiani relatou que o professor, formado pela UFPR nos anos 1940, logo iniciou-se na docência e na pesquisa, participando da fundação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Além de fundar laboratórios, centros de pesquisa e pós-graduação, participou ativamente da inauguração do prédio atual do SCB, no Centro Politécnico, teve importantes contribuições no Instituto de Química da USP, além de ter sido docente e doutor honoris-causa da PUCPR. “Muitos de nós já ouvimos relatos sobre o protagonismo do professor Metry, que estabeleceu os pilares do Departamento e do Programa de pós-graduação em Bioquímica”.
A professora Graciela lembrou que a história de Bacila está inscrita em vários locais dentro e fora da UFPR, e valorizou o caráter observador do homenageado. “As grandes descobertas da humanidade vieram através da observação ( ). A história fala por si só. Que nós aprendamos com sua ética, compromisso, dedicação e amor por tudo o que ele fez”, finalizou.
Durante o evento, os familiares doaram à UFPR exemplares de três obras que retratam as várias faces da história do pesquisador: a biografia “O Professor Que Descobriu a Antártica“, escrita pelo jornalista Diego Antonelli; “Poemas do Tempo Zero e outros ensaios”, com escritos de Metry sobre temas diversos; e “Cartas da Antártica”, em que Bacila relata sua trajetória na Estação Antártica Comandante Ferraz. Os livros comporão o acervo das bibliotecas dos Setores de Biológicas, Agrárias e Saúde, do Departamento de Bioquímica e do Centro de Estudos do Mar.
Por João Cubas (Aspec/SCB/UFPR)