Educação colchão pneumático

Aluna da Pós em Prática do Cuidado em Saúde cria colchão inovador, primeiro produto na área com depósito de patente na UFPR

Por Da Redação

21/10/2022 às 13:44:46 - Atualizado há

Inovação para o cuidar

Segundo Isabela, o diferencial do produto criado é a presença de blocos em diferentes dimensões, insufláveis individualmente, com uma camada de espuma entre a câmara de ar e a cobertura externa, com cintas de fixação para estabilidade do colchão – confeccionado com tecido macio, impermeável e de boa elasticidade. A pesquisadora avalia que o equipamento pode mudar a maneira como os pacientes são tratados. “É uma inovação radical, disruptiva, com potencial para impacto significativo no ambiente de cuidado”, explica.

Um outro ponto destacado pela enfermeira, graduada e licenciada pela UFPR: o colchão caracteriza-se como uma tecnologia de alta complexidade. Para a criação, foram necessários conhecimentos de diferentes áreas – enfermagem, saúde, engenharia mecânica, mecatrônica, engenharia de materiais, engenharia elétrica e design. “Além de exigir uma experiência ampla na área de resoluções de problemas durante os testes clínicos”, complementa.

Diante da demanda profissional, detalha Isabela, o equipamento foi produzido para oferecer uma condição ergonômica adequada para o manejo de pacientes restritos ao leito. A mestre em Prática do Cuidado da Saúde acredita que o produto poderá causar relevante mudança no mercado. “O impacto social e econômico ocorre pela melhoria da qualidade da assistência, redução de agravos e, consequentemente, redução de custos ao sistema de saúde. Aplicável em diversos cenários de cuidado, como hospitais, casas de longa permanência e domicílio, tem potencial para abrangência nacional e internacional”, argumenta.

Apresentação em 3D do Colchão Pneumático com Bolsões Insufláveis Individualmente, fruto de pesquisa desenvolvida no Programa de Pós em Prática do Cuidado em Saúde da UFPR. Imagem: Divulgação

A autora da dissertação que resultou no protótipo do colchão de ar inovador informa que algumas especificidades do equipamento foram planejadas com o intuito de auxiliar no atendimento direto a pacientes. Uma delas são os bolsões que insuflam individualmente ou em bloco, em diferentes alturas, que permitem manter o leito com níveis desiguais em diferentes regiões do corpo humano.

As mudanças visam facilitar o reposicionamento do paciente sem a necessidade da utilização de coxins convencionais ou adaptados para mudá-lo de posição. “Na parte externa, existe uma manta de nylon 70, o que acaba diminuindo a formação de rugas em contato com a pele, consequentemente evitando cisalhamento e formação de lesões por pressão”, detalha Isabela. O item também prevê cintos de segurança, utilizados para fixação à cama hospitalar e para evitar o deslizamento do leito para fora da cama durante o manejo do paciente.

O que é uma patente?

Patente é um documento fornecido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) que concede ao portador o título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade. Ao receber tal direito, o criador ou o inventor do produto adquire a possibilidade de impedir terceiros de produzir, comercializar ou importar o produto objeto de sua patente sem o seu consentimento.

O colchão produzido sob orientação da professora Letícia é reconhecido por ser o primeiro produto na área da saúde com depósito de patente na UFPR. Cadastrado no Inpi, o protótipo foi desenvolvido por meio da metodologia criada pelas pesquisadoras e está disponível para transferência da tecnologia – por meio de licenciamento entre a organização pública e a indústria, figurando no portfólio da Superintendência de Parcerias e Inovação (SPIn) da Universidade.

A docente que coordenou a pesquisa reitera o caráter inovador do projeto, atribuído à metodologia criada desde o início da ideia e a todas as etapas do processo até a elaboração do protótipo e o depósito da patente. Letícia ressalta que a UFPR atendeu a todos os requisitos científicos para a produção da tecnologia aplicada à saúde. “Pela complexidade e pelas especificidades do desenvolvimento de uma tecnologia para a saúde, não encontramos um método que contemplasse todas as fases para o desenvolvimento. Dessa forma, criamos um, o qual denominamos de Método para Inovação e Patente em Saúde (Mips) – que permitiu a criação da tecnologia proposta”.

Por Emerson Araujo dos Anjos

Sob orientação de Bruna Bertoldi Gonçalves

Fonte: UFPR
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