Geral cirurgia plástica

Ouro líquido

Por Da Redação

08/07/2022 às 07:21:21 - Atualizado há

Preenchimentos

Os cirurgiões plásticos lembram que há uma discussão em relação ao uso excessivo de produtos de preenchimento na face, como a popularização do uso do ácido hialurônico, por exemplo, que, para Righesso, tem a vantagem da fácil disponibilidade. “Como ele é industrializado, não há necessidade de um procedimento cirúrgico para sua coleta, como no caso da gordura. Por outro lado, os resultados são passageiros, exigindo novas aplicações no decorrer dos anos”, diz.

Camargo diz que é importante entender que a utilização da gordura não compete diretamente com a utilização dos produtos que fazem preenchimento. “Ambos possuem propriedades específicas e grandes diferenciais quando utilizados de maneira correta, para obter o que cada método oferece como vantagem”, indica.

A facilidade de acesso e a praticidade de aplicação do ácido hialurônico, por não envolver a realização de uma intervenção cirúrgica, criam um atrativo à população, acredita o especialista. “Porém, a utilização desse produto sem os critérios técnicos adequados, infelizmente, tem levado a um padrão de rosto muito característico e estigmatizado, deixando um aspecto desfavorável.”

Em contrapartida, o cirurgião plástico explica que a gordura apresenta-se como uma alternativa para reposição do volume e para melhorar as características faciais com maior naturalidade, principalmente por respeitar os padrões individuais dos compartimentos de gordura na face, mesmo que para isso envolva uma pequena intervenção cirúrgica. “Habitualmente, costumo orientar as pacientes em relação a esses tratamentos, dando preferência para a utilização da gordura quando existe um grau mais acentuado de perda de volume do rosto e utilizando o ácido hialurônico nos casos onde não há a intenção de realizar uma intervenção cirúrgica, quando é necessário maior suporte das estruturas profundas ou para delineamentos de contornos, como nos lábios, por exemplo”, exemplifica.

O médico diz ainda que, com a evolução das técnicas, realizando a aplicação de maneira a facilitar a permanência da gordura nos locais onde foi aplicada, tem-se observado a manutenção do resultado e um índice de reabsorção cada vez menor. “Entretanto, isso também depende das características individuais de cada pessoa. Então, cabe explicar que, após a gordura ter se integrado no local, o resultado obtido tende e se manter por longo prazo e oferecer diferenciais significativos, tanto no contorno corporal como na face. Porém, a região tratada continuará sujeita ao processo natural de envelhecimento e de alterações físicas, como o aumento e a redução de peso, independente da gordura aplicada no local.”

Cuidados

Para quem ficou curioso sobre o procedimento que utiliza a própria gordura para um tratamento estético ou mesmo fazer reparação de alguma região do corpo, Camargo indica alguns cuidados.

O primeiro deles não poderia ser outro, senão a escolha de um profissional capacitado a realizar esse tipo de procedimento. “Esse é o ponto principal quando se deseja conhecer as possibilidades de tratamento com a gordura, assim como qualquer outro procedimento médico, seja para reparação ou para tratamentos estéticos”, diz.

Nesse contexto, é cada vez maior a preocupação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica com o uso inadequado de produtos injetáveis e também com a realização de procedimentos denominados ¨menos invasivos¨ por profissionais de outras especialidades, que não possuem a formação técnica adequada para realizar esses procedimentos e, sobretudo, prestar o suporte necessário aos seus pacientes quando surgem problemas ou complicações. “A lipoenxertia é um procedimento seguro e com recuperação bastante confortável, quando realizada de maneira correta. Porém, pode ser prejudicial aos pacientes caso não sejam respeitados todos os cuidados durante a coleta, preparação e injeção da gordura ou quando não há conhecimento suficiente sobre as características específicas existentes nas diferentes regiões corporais”, finaliza.

Dr. Ronaldo Righesso é cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e presidente da SBCP – RS, membro da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), delegado nacional da International Society of Plastic Regenerative Surgeons (ISPRES), atua há mais de 20 anos em sua clínica privada na Serra Gaúcha, realizando cirurgias plásticas estéticas da face e do contorno corporal e entusiasta dos estudos da aplicação dos enxertos de gordura na cirurgia plástica. CRM-RS 21276 – RQE 14983
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