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Chinesa Evergrande enfrenta processo de liquidação em Hong Kong

Por Da Redação

28/06/2022 às 17:09:17 - Atualizado há

Um investidor da unidade da China Evergrande Fangchebao (FCB) apresentou nesta segunda-feira (27) uma petição com pedido de liquidação contra a gigante do setor imobiliário em Hong Kong. Segundo ele, a companhia, considerada a “incorporadora mais endividada do mundo”, não honrou um acordo de recompra de ações adquiridas na FCB. As informações são da agência Reuters.

Essa é a primeira petição de liquidação apresentada contra a Evergrande de que se tem notícia. Em 2021, quando o setor de imóveis da China colapsou, a empresa deixou de pagar dívidas e chegou a um déficit de US$ 300 bilhões.

Edifícios residenciais desenvolvidos pela Evergrande em Yuanyang, na China, março de 2021 (Foto: Wikimedia Commons)

O pedido foi feito pela holding de investimentos Top Shine Global Limited of Intershore Consult (Samoa) Limited, que alega que a Evergrande não cumpriu uma obrigação financeira de HK$ 862,5 milhões (US$ 109,91 milhões). Uma audiência está marcada para o dia 31 de agosto.

Um executivo da Top Shine disse que sua empresa comprou em março do ano passado 0,46% da FCB, um marketplace (plataforma online de negócios para vendedores e compradores) imobiliário e automotivo, por HK$ 750 milhões, antes de uma oferta pública inicial (IPO). À época, a Evergrande vendeu 10% do negócio para 17 investidores por um total de US$ 2,1 bilhões. 

O acordo previa que, se um IPO não se concretizasse até 8 de abril deste ano, a Evergrande teria que recomprar as ações com um prêmio de 15%.

O beneficiário final da Top Shine é Lin Ho Man, que também investiu mais 0,46% na FCB por meio de outra entidade, a Triumph Roc International, de acordo com documento do ano passado.

A Evergrande confirmou o pedido, mas insistiu que a medida não afetaria sua reestruturação.

A reorganização da empresa, que espera-se ser a maior já feita no país asiático, é tida como um momento decisivo na história do mercado de títulos em dólar no continente. Porém, não está claro como a incorporadora será capaz de garantir dinheiro suficiente para implementar o plano de pagamento em dinheiro.

Por que isso importa?

Foi o endividamento da Evergrande que chamou a atenção para a crise imobiliária chinesa, símbolo das dificuldades enfrentadas pela economia local e seu outrora próspero setor. Depois de expandir e tomar empréstimos a uma velocidade vertiginosa, a incorporadora alega que tem lutado para juntar o dinheiro que precisa para honrar dívidas em atraso, empréstimos pendentes e salários atrasados.

Hui Ka Yan, fundador e presidente da companhia e que encabeça a lista de bilionários devedores do setor imobiliário chinês, já perdeu pagamentos de cerca de US$ 20 bilhões em títulos internacionais e ainda não ofereceu um plano de reestruturação viável para a empresa. Ele tentou restaurar a confiança no seu negócio em fevereiro, ao descartar a venda de ativos, alegando que a empresa concluiria metade de seus projetos restantes no decorrer de 2022.

No dia 21 de março, a Evergrande teve suspensa a negociação de suas ações na bolsa de Hong Kong e foi avisada de que precisa informar as autoridades locais sobre como será executada a reestruturação da companhia. No dia seguinte ao anúncio, a gigante chinesa teve cerca de US$ 2,1 bilhões em dinheiro apreendidos por bancos para o pagamento de credores.

Fonte: A Referência
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