O carro é icônico, faz parte da história da Formula 1. A cor azul com detalhes em branco e dourado e o patrocínio da marca de cigarros Rothmans, fizeram da Williams FW16, de 1994, um modelo marcante. Além do carro, outro componente se tornou inesquecível: o piloto, Ayrton Senna.
Com vontade de ser campeão de novo, o tricampeão trocou a Mclaren pela Williams, em 1993. A expectativa era grande, já que a equipe inglesa tinha o carro considerado o melhor da época. O time de Frank Williams vinha de dois títulos seguidos, 1992 e 1993, com Mansell e Prost, respectivamente.
Senna participou de poucas corridas com a Williams em 1994, os GPS do Brasil, do Japão e no fatídico GP de Imola, na Itália. Nos dois primeiros, Senna não terminou a prova. Em Interlagos teve problemas mecânicos e ficou pela pista, no Japão acabou batendo. Em Imola, no dia 1 de maio, o brasileiro parou o Brasil após bater na curva Tamburello e morrer.
Por todos esse fatores, a réplica deste carro é bem requisitada por amantes do automobilismo. Uma das delas, acaba de ser finalizada pelo designer e artista Marinho Andrade, de Marialva, na região de Maringá. O modelo foi vendido para um colecionador de Eunápolis, na Bahia, e custou R$ 50 mil.
“Foi um desafio fazer esse carro, porque eu era acostumado a fazer mais Mclarens. Esse carro tem uma modelagem diferente, mais arredondada, um pouco enjoado de fazer. Mas ficou muito legal, eu inclusive instalei um sistema novo de direção e um cinto funcional que torna a experiência ainda mais real”, disse Marinho.
A trajetória do artista
Fã de carros e automobilismo, Marinho se especializou em fabricar réplicas de carros de Fórmula 1, superesportivos e outros veículos, trabalho que desenvolve há cinco anos. As produções do artista podem ser vistas em eventos e exposições. Ele conta que não possuía nenhuma experiência quando iniciou a carreira.
“Eu comecei fazendo um carrinho pequeno de F-1, aí coloquei na OLX e apareceu interessados. O dono de um posto de combustíveis de Maringá viu e me desafiou para fazer um F-1, no tamanho real. Eu aceitei e consegui completar a tarefa fazendo meu primeiro Mclaren, daí em diante eu não parei mais”, afirmou.
O trabalho envolvendo as réplicas é feito por encomenda e o processo é totalmente artesanal. Os materiais utilizados, que são fibra e plástico, vêm da China e do Brasil. Marinho produz um ou dois modelos por vez e, para concluir uma réplica ele leva, em média, noventa dias. Para o trabalho, o designer conta com a ajuda de um funcionário, que participa de toda a montagem. “O trabalho é o mais idêntico possível, pois estudamos cada detalhe do projeto a ser executado”, diz.
Marinho vende réplicas de F-1 e de outros veículos esportivos para todo o Brasil. Os modelos da principal categoria do automobilismo variam de R$ 12 a 50 mil. “Fica bonito porque faço o que gosto e com muita paixão”, afirmou.
Saiba mais sobre o trabalho de Marinho Andrade nas redes sociais dele.
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