A invasão russa levou os aliados a repensar estratĂ©gias e a concordar que as forças da Otan deveriam estar presentes em maior nĂșmero no flanco oriental.
Os ministros da Defesa de paĂses que integram a Organização do Atlântico Norte (Otan) discutiram, nesta quinta-feira (16), maneiras de reforçar posições ao longo das fronteiras orientais da aliança militar para dissuadir a RĂșssia de planejar novas agressões na sequĂȘncia de sua invasão da Ucrânia.
A invasão russa levou os aliados a repensar estratégias e a concordar que as forças da Otan deveriam estar presentes em maior nĂșmero no flanco oriental. A instituição diz que colocou mais de 40 mil soldados sob seu comando direto, principalmente no flanco leste, e estĂĄ analisando como pode fortalecer ainda mais sua presença, prontidão e capacidade.
"Isso significarĂĄ mais formações de combate avançadas da Otan, para fortalecer nossos grupos de batalha na parte oriental da aliança, mais defesas aéreas, marĂtimas e cibernéticas, bem como equipamentos pré-posicionados e estoques de armas", disse o secretĂĄrio-geral da Otan, Jens Stoltenberg, após a reunião.
A reunião dos ministros da Defesa ocorreu antes de uma cĂșpula da Otan marcada para 29 e 30 de junho, em Madrid, que procurarĂĄ definir um cronograma para a aliança nos próximos anos.
Stoltenberg disse que ter equipamentos pré-posicionados é crucial, porque mover veĂculos blindados, suprimentos e munições leva muito tempo. "É claro que é muito mais fĂĄcil e rĂĄpido reforçar quando necessĂĄrio", afirmou.
O secretĂĄrio-geral disse que os ministros fizeram "progresso significativo" em suas discussões sobre um novo modelo que envolveria mais forças em maior prontidão e outros designados para a defesa de aliados especĂficos.
As discussões em Bruxelas também se concentraram na necessidade de mais gastos com defesa.