Geral Paraná

Júri de motorista acusado de matar seis pessoas é adiado

Por Da Redação

28/05/2022 às 11:42:34 - Atualizado há

Acusado de causar o acidente que matou seis pessoas na BR-277 em 2017, Jeferson Borsato teve a data do júri popular adiada para 26 de julho. Até então, o julgamento estava previsto para junho. Borsato é réu por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Segundo a juíza Vivian Curvacho de Andrade, da Vara Plenária do Tribunal do Júri de Campo Largo, que assina o adiamento, a data precisou ser alterada após o advogado de defesa do réu renunciar ao caso.

O caso aconteceu em 2017, em Balsa Nova, na Região Metropolitana de Curitiba. O homem dirigia um caminhão carregado com milho e não conseguiu frear em um trecho de obras. Ele atingiu três caminhões e cinco carros. Entre as seis vítimas do acidente, duas eram crianças. Na primeira instância, o Juiz entendeu que o homem deveria ser levado a julgamento por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. A decisão foi modificada no Tribunal de Justiça, após recursos do Ministério Público e da família das vítimas.

Os promotores sustentam que há indícios de que o caminhoneiro estava em alta velocidade e que o veículo tinha problemas de manutenção, versão que foi reconhecida pelo Tribunal em 2020. Por isso, o homem responde por homicídio duplamente qualificado com dolo eventual, que acontece quando mesmo ciente dos perigos da conduta imprudente, a pessoa assume o risco de praticá-la.

A versão é contestada no processo, pela defesa do réu, que sustenta que o acidente somente aconteceu devido a falta de sinalização, pela concessionária que administra o trecho, das obras que eram realizadas no local do acidente. O próprio réu se defendeu no processo com essa versão. Em interrogatório, o motorista Jeferson Borsato, disse que não estava em alta velocidade.

Ao juiz, ele comentou da reação que teve, ao ser surpreendido logo após uma curva, com o trânsito parado. Como o caminhão é pesado, o motorista disse não ter tido tempo suficiente para frear e que por isso, acabou colidindo com os outros veículos.

Se condenado por homicídio doloso duplamente qualificado, por motivo torpe e meio que dificultou a defesa das seis vítimas, a pena do motorista pode superar os 70 anos de prisão.

Fonte: BandNews
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Jornalista Luciana Pombo

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