Grande Curitiba Investigação

Agente federal que atirou e matou em posto de Curitiba é indiciado por homicídio triplamente qualificado

Por Redação Bem Paraná

18/05/2022 às 17:49:00 - Atualizado há

A Polícia Civil indiciou nesta quarta (11) o policial federal Ronaldo Massuia Silva, 43 anos, por homicídio triplamente qualificado e quatro tentativas de assassinato. Massuia é suspeito de atirar no dia 1 de maio contra quatro pessoas que estavam em uma loja de conveniência de um posto de combustíveis no bairro Cristo Rei, em Curitiba. Uma das vítimas, o fotógrafo André Muniz Fritoli, 32 anos, morreu.

Segundo o inquérito da polícia, o agente federal responderá por homicídio qualificado por motivo torpe, motivo fútil e recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima; quatro tentativas de homicídios; ameaça, além de disparo de arma de fogo. Além da vítima fatal, outras três pessoas foram baleadas e o suspeito atirou contra uma quarta pessoa, mas não acertou. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MPPR) e também à Corregedoria-Geral da Policia Federal (PF), porque o agente federal usou arma e carro da corporação. Durante a investigação, foram ouvidas 16 testemunhas.

Segundo investigação da polícia, o agente federal chegou ao posto, em um carro descaracterizado da Polícia Federal, onde se desentendeu com um grupo de pessoas, incluindo o segurança do estabelecimento, por conta de uma vaga de estacionamento. Em seguida, ele sacou a arma e atirou. Boletim de ocorrência da Polícia Militar ainda indica que Massuia estava com sinais de embriaguez e que ele atirou pelo menos dez vezes dentro e fora da loja de conveniência. Duas das vítimas baleadas pelo policial federal Ronaldo Massuia Silva já receberam alta do hospital: Matheus Coelho e Priscila Dal Negro. Eduardo Pribbnow, namorado de Priscila e também motorista de aplicativo, ainda permanece internado no Hospital do Trabalhador. Ele foi ferido no olho, mas está estável.

O policial federal foi preso em flagrante no dia do crime. Na terça-feira passada, a Justiça decretou a prisão preventiva dele, que segue preso no Complexo de Pinhais.


Nota da defesa do policial federal

"O indiciamento do policial federal Ronaldo Massuia é um entendimento da autoridade policial e o primeiro passo do processo criminal. A defesa já solicitou diligências, além da reprodução simulada dos fatos, que vai esclarecer pontos sobre o trágico fato que pode alterar o relatório final do inquérito policial".

Nota dos advogados da família de André

"O inquérito policial foi concluído e contém todas as provas de materialidade e de autoria - que é confessada pelo Indiciado - e traz um importante material que demonstra que a conduta do policial federal é cruel e injustificada, tendo vitimado inúmeras pessoas. Com o encerramento das investigações, a família de André Muniz Fritoli aguarda o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público para que, com o devido processo, haja punição a altura e se alcance justiça".

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