É óbvio que o diretor e roteirista Tom Gormican é fã confesso de Cage. Mas, o mais importante é que ele também sabe o carinho e a conexão que os fãs tem com o ator. E com isso, fez um filme apaixonado, que ri das referências junto com Cage e com a audiência. E com isso faz uma experiência de metalinguagem com resultados sensacionais. Já desde a primeira cena, com referências a Con Air, e How do I Live, o filme já conquista.
Aliás, há diversas referências aos mais diversos filmes de cage, que se ajustam perfeitamente à história. Desde a cena da piscina de Despedida em Las Vegas até Croods 2. Ou seja, há um Nicolas Cage para cada faixa etária de fã. O filme ainda cria um alter ego mais jovem, Little Nicky, feito por uma equipe de efeitos especiais que rejuvenesceu o ator. É bem datado da época de O Beijo do Vampiro (1988). Nicky funciona como a consciência que relembra o ator que ele é uma estrela. As cenas entre os dois são ótimas!
Nicolas Cage é o ponto central e astro da história, mas há participações excelentes. Começando por Pedro Pascal, que faz o grande fã Javi. Ele se deixa levar e deixa a criança fascinada tomar conta ao se deparar com seu ídolo. É uma atuação corajosa, sem amarras. Nos papéis da ex-mulher e da filha de Nick estão Sharon Horgan (de Noite do Jogo) e Lily Mo Sheen (que é ninguém menos do que a filha de Michael Sheen e Kate Beckinsale). Adorei as duas! E ainda tem Tiffany Haddish e Neil Patrick Harris em personagens fictícios. Demi Moore e o diretor David Gordon Green, que dirigiu Cage em Joe, de 2013, aparecem como eles mesmos.
Nessa aventura toda, é impossível não rir, sorrir, e se encantar com um filme/ homenagem que vai fazer você ficar mais fã ainda de Nicolas Cage. Sério candidato à lista de melhores do ano!
Eliane Munhoz
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