Nos últimos dias, um relato de um usuário que teve seu celular roubado e viu sua vida financeira se tornar um inferno viralizou na internet, com movimentações superiores a R$ 143 mil, divididos entre empréstimos e transferências. Internautas ficaram aterrorizados com os perigos de um roubo de um smartphone.
Os bancos envolvidos nos empréstimos realizados após o roubo do celular de Bruno De Paula, após a viralização do tópico, afirmaram que estornarão os valores fraudulentos pego no nome da vítima, mas mesmo assim a situação ainda deixou muitos usuários nervosos com a possibilidade de serem vítimas de golpes financeiros extensos por utilizarem os aplicativos de instituições financeiras.
Pessoal: nunca fiz algo assim, mas é o papo mais sério e importante que já postei aqui. Então quem puder dar uma atenção, agradeço de verdade.
Passei 3 semanas em Barcelona, a melhor viagem que já fiz.
Antes de eu chegar em casa, minha vida virou um pesadelo sem precedentes.-
— VanDep (@MrVanDep) May 5, 2022
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O fato é que os crimes com smartphones vêm se intensificando justamente pelos criminosos enxergarem oportunidades de acesso a valores monetários, principalmente por meio do PIX. O problema se tornou tão severo que capitais como São Paulo iniciaram recentemente operações específicas para tentar controlar a incidência desse tipo de crime em seus territórios.
Mas a possibilidade do furto ainda existe, e mesmo em caso que usuários utilizem senhas e outros meios de proteção, os criminosos conseguem acesso aos conteúdos internos dos dispositivos, sem necessidade de ferramentas caras de desbloqueio e afins. Isso acontece a partir do roubo de smartphones que já estejam desbloqueados, como o caso de De Paula, que teve todo o problema iniciado após o furto através da janela de um táxi.
Ao mesmo tempo, poder mexer no smartphone não é sinônimo de acesso livre aos aplicativos nele instalados. Criminosos se deparam, principalmente em apps de bancos, com barreiras que exigem senhas de acesso.
A situação, porém, pode ser contornada a partir de buscas no próprio aparelho por informações pessoais dos usuários que não estejam protegidas, como senhas anotadas em blocos de notas (o caminho mais simples) ou datas de aniversários — dados utilizados com frequência como credenciais; ou mesmo combinações fáceis, como “123456”, utilizadas comumente pela população brasileira como senha segundo uma pesquisa da Nordpass.
Além disso, CPF, e-mails e senhas de milhões de brasileiros estão disponíveis na internet após vazamentos diversos ocorridos nos últimos anos. Caso o dono do celular seja identificado, os criminosos podem realizar rápidas pesquisas para identificar essas informações e, se das vítimas não tenham realizado alterações, obter acesso aos aplicativos protegidos.
Se nenhuma dessas medidas se mostrarem eficazes na descoberta das senhas, nada impede os criminosos, com acesso ao celular desbloqueado, criarem senhas nos aplicativos do banco — que dependem de mensagens de e-mail ou SMS que, em muitos casos, estão livremente disponíveis após o desbloqueio do aparelho.
???? Depois da viralização de uma thread sobre o Nubank no último final de semana, vamos combinar que o nosso medo em proteger nosso dinheiro ficou ainda maior, não é mesmo?
— Canaltech (@canaltech) May 9, 2022
Por isso, nessa thread, eu vou dar algumas dicas de segurança pra você. Segue o ????:
Com tudo isso dito, além de entender como os criminosos podem acessar os celulares e as contas, os usuários também precisam saber que medidas aplicar para aumentar sua proteção. O Canaltech fez uma thread no Twitter explicando algumas medidas, e complementamos com algumas outras dicas a seguir:
Leia a matéria no Canaltech.
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