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Incorporadora imobiliária ligada ao grupo Alibaba dá calote de US$ 298 milhões

Por Da Redação

22/04/2022 às 09:54:23 - Atualizado há

A E-House Enterprise Holdings, incorporadora imobiliária chinesa que tem entre seus principais acionistas o grupo de comércio eletrônico Alibaba, deixou de pagar um título em dólares no valor de US$ 300 milhões. A informação foi confirmada pelo maior provedor de serviços imobiliários da China, de acordo com o site especializado Yicai Global.

A empresa, que atravessa dificuldades financeiras, não deu uma justificativa formal para o default. No ano passado, as perdas da E-House foram de 8,89 bilhões de yuans (R$ 5,76 bilhões, no câmbio atual), segundo resultados financeiros auditados. Devido ao calote, a empresa suspendeu a negociação de notas para o próximo ano.

O setor mobiliário chinês atravessa um momento delicado, com grandes empresas em inadimplência. A gigante Evergrande puxou a fila, tende perdido o pagamento de títulos em dezembro de 2021. Em fevereiro deste ano, o Yango Group alertou que corre o risco de inadimplência, enquanto o Kaisa Group não pagou 300 milhões de yuans (R$ 215,6 milhões) em produtos de gestão de patrimônio em novembro do ano passado.

Beijing à noite: setor imobiliário está em crise na China (Foto: pixabay.com)

Por que isso importa?

Além da inadimplência no setor imobiliário, a China sofre também com uma crise energética, decorrente do aumento do preço das fontes de energia globais, da escassez de carvão no país e das consequentes interrupções da produção em diversas fabricas. “A restrição de produção e a escassez de energia provavelmente continuarão pesando no crescimento do quarto trimestre”, disse uma projeção feita em outubro do ano passado pelos economistas do banco suíço UBS.

Uma junção de fatores colocou a China nessa situação. Primeiro, a pressão do governo para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, com vistas à meta de atingir a neutralidade de emissões até 2060. Num país que tem quase 60% da economia dependente do carvão, a solução foi impor racionamento de energia em residências e na indústria, a fim de manter sob controle as emissões provenientes da queima de carvão.

Paralelamente, as chuvas torrenciais que atingiram o país no segundo semestre de 2021 causaram inundações na província de Xanxim, de onde sai cerca de 30% de todo o carvão consumido no país. Como resultado, o preço do produto disparou, e o governo se viu em uma encruzilhada, forçado a suspender os limites de produção de carvão existentes por razões ambientais.

Na indústria, as grandes vítimas do racionamento foram os setores que demandam mais energia elétrica, como a produção de cimento e as fundições de alumínio e aço, segundo a rede britânica BBC. Num caso extremo, uma fábrica têxtil da província de Jiangsu cortou totalmente a energia num período entre setembro e outubro do ano passado. Com isso, cerca de 500 trabalhadores tiveram que deixar seus postos e receberam um mês de folga remunerada.

Fonte: A Referência
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