Geral Etiópia

Aumento da temperatura e escassez de chuvas reforçam o alerta na África Oriental

Por A Referência

14/04/2022 às 13:46:18 - Atualizado há

A OMM (Organização Meteorológica Mundial) lançou um novo alerta sobre a "perspectiva bastante real" da falta de chuvas. A situação, que acontece pela quarta temporada consecutiva, colocará os países da África Oriental na seca mais longa dos últimos 40 anos.

Etiópia, Quênia e Somália já foram alvos de apelos urgentes lançados por agências humanitárias que defendem mais apoio internacional a fim de se evitar uma fome generalizada.

A comunidade hidrometeorológica abriu o ano de 2022 com frequentes alertas a especialistas da ONU (organização das Nações Unidas) e de agências humanitárias sobre um possível desastre. A meta dos avisos é fornecer assessoria e apoiar ações antecipadas e de planejamento.

Neste ano, o primeiro mês da estação chuvosa, entre março a maio, foi particularmente seco. De acordo com a última avaliação do centro de previsão e aplicações climáticas do Igad (Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento), a região como um todo também registrou temperaturas mais altas e chuvas abaixo do normal.

Aumento da temperatura e escassez de chuvas reforçam o alerta na África Oriental
Cidadãos de Tigré, na Etiópia, fogem de conflitos em direção ao Sudão em dezembro de 2020 (Foto: UN Photo/Will Swanson)

O centro climático regional da OMM lembra que a temporada conhecida como "de chuvas longas" é a principal estação chuvosa, em especial na região equatorial, contribuindo com até 70% da precipitação anual.

O secretário executivo do Igad , Workneh Gebeyehu, disse que a chuva que cai durante o período é essencial, mas tem sido falha por quatro temporadas consecutivas. O fator associado a conflitos na região e na Europa se junta ao impacto do Covid-19 e a desafios macroeconômicos que levaram a insegurança alimentar a níveis agudos no extremo leste da África.

Além das recorrentes secas, a região também foi afetada por grande surto de gafanhotos do deserto nos últimos dois anos.

29 milhões de necessitados

O Igad lidera o Grupo de Trabalho de Segurança Alimentar e Nutrição com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) e estima que mais de 29 milhões de pessoas enfrentam altos níveis de insegurança alimentar em toda a região.

Entre 6 milhões e 6,5 ??milhões dessas pessoas vivem na Etiópia, 3,5 milhões no Quênia e 6 milhões na Somália. O centro-sul somali abriga 81 mil pessoas em risco de fome.

Nesta semana, a FAO, o PMA (Programa Mundial de Alimentos), o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e o Ocha (Escritório da ONU de Assistência Humanitária) pediram mais fundos urgentes para a escalada de medidas essenciais no país onde 40% dos somalis estão à beira da fome.

A situação ameaça severamente seis áreas do país onde o aumento de pessoas necessitadas foi quase duas vezes superior em relação ao que enfrentam níveis extremos de insegurança alimentar aguda desde o início do ano.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

Fonte: A Referência
Comunicar erro
Jornalista Luciana Pombo

© 2024 Blog da Luciana Pombo é do Grupo Ventura Comunicação & Marketing Digital
Ajude financeiramente a mantermos nosso Portal independente. Doe qualquer quantia por PIX: 42.872.330/0001-17

•   Política de Cookies •   Política de Privacidade    •   Contato   •

Jornalista Luciana Pombo
Acompanhantes GoianiaDeusas Do Luxo