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Yellen pede que China ajude a parar guerra na Ucrânia e alerta para consequências

Por Por Andrea Shalal e David Lawder

13/04/2022 às 14:35:46 - Atualizado há
Isto É Dinheiro


WASHINGTON (Reuters) – A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, pediu nesta quarta-feira à China e a outros países que ajudem a acabar com a "guerra hedionda" da Rússia na Ucrânia e alertou, num discurso histórico, que aqueles que buscam burlar sanções ocidentais enfrentarão consequências.

Falando no Atlantic Council, em Washington, Yellen disse esperar "fervorosamente" que Pequim faça algo positivo com seu "relacionamento especial" com Moscou e afirmou que a posição chinesa no mundo sofrerá se não o fizer.

A China não pode esperar que a comunidade global respeite quaisquer apelos futuros de Pequim sobre soberania e integridade territorial se não respeitar esses princípios na Ucrânia "agora, quando conta", disse ela.

"A atitude do mundo em relação à China e sua vontade de abraçar uma maior integração econômica podem muito bem ser afetadas pela reação chinesa ao nosso apelo por uma ação firme em relação à Rússia", afirmou.

Yellen disse que o crescimento econômico global será afetado pela guerra entre Moscou e Kiev e que o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, está resoluto no compromisso de responsabilizar a Rússia por sua "conduta horrível" e suas violações do direito internacional.

"Tenha certeza, até que Putin encerre a guerra hedionda que escolheu, o governo Biden trabalhará com nossos parceiros para empurrar a Rússia ainda mais para o isolamento econômico, financeiro e estratégico", afirmou.

Yellen disse que a abordagem multilateral de Biden permitiu que as economias avançadas do Grupo dos Sete impusessem custos significativos à Rússia e deixou claro que estão agindo em apoio a uma ordem global baseada em regras que protegem a paz e a prosperidade.

Em uma sessão de perguntas e respostas, Yellen afirmou que os EUA precisam trabalhar duro com a China para evitar um sistema financeiro global bipolar que opõe democracias e países autocráticos. Pequim se beneficiou da arquitetura financeira liderada pelos EUA, mas sua dependência de empresas estatais e outras práticas econômicas coloca interesses de segurança nacional norte-americanos em risco.

Ela também disse estar preocupada com a possibilidade de novos e rigorosos lockdowns de combate à pandemia na China causarem uma outra onda de interrupções na cadeia de abastecimento, que pode prejudicar a recuperação econômica global.

Yellen também pediu uma transição para "friendshoring", mudança de cadeias de suprimentos para países parceiros confiáveis e livres de conflitos geopolíticos.

"Gostaria de nos ver preservar os benefícios de uma integração econômica profunda com a China, e não mudar para um mundo bipolar, mas acredito que é um perigo que precisamos enfrentar", disse ela.

(Por David Lawder e Andrea Shalal)

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