(Reuters) – Uma autoridade regional russa disse nesta quarta-feira que guardas de fronteira na região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia, foram atacados, enquanto escolas na vizinha Belgorod foram esvaziadas após uma ameaça de bomba, segundo o prefeito da cidade.
A Rússia, que enviou milhares de soldados para a Ucrânia em 24 de fevereiro no que chamou de "operação militar especial", acusou a Ucrânia de atacar alvos russos do outro lado da fronteira.
"Ontem⦠eles tentaram disparar morteiros contra a posição de nossos guardas de fronteira no distrito de Sudzhansky", disse Roman Starovoit, governador da região de Kursk.
"Os guardas de fronteira russos responderam⦠Não houve vítimas ou danos do nosso lado."
A Reuters não pôde verificar imediatamente o relato.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que ainda não tinha detalhes dos incidentes nas duas regiões russas, mas descreveu os relatos como "graves".
Em resposta a uma pergunta sobre o incidente na fronteira, um porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia afirmou: "Não temos essa informação".
Starovoit disse que as autoridades estão em contato com o Ministério da Defesa e pediram aos cidadãos que mantenham a calma. Em comentários separados à agência de notícias RIA, ele disse que os morteiros disparados contra a fronteira de Sudzha não chegaram ao território russo.
O prefeito da cidade russa de Belgorod, a cerca de 35 quilômetros da fronteira com a Ucrânia, disse que as escolas foram esvaziadas após receberem ameaças de bomba.
"Entendemos que isso faz parte da pressão de informação (campanha) contra nossa região", declarou o prefeito Anton Ivanov, sem dizer quem ele acha que foi responsável pelas ameaças.
(Reportagem da Reuters)