O economista Adriano Pires, indicado pelo governo federal para assumir o comando da Petrobras após o anúncio da exoneração do presidente da companhia, Joaquim Silva e Luna, desistiu de assumir a presidência da estatal. A decisão se deu por conta de conflito de interesses entre seu cargo na petroleira e outros empreendimentos próprios no setor.
O nome de Pires já preocupava o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU), que percebeu a incompatibilidade na função tendo em vista que este já possuía investimentos em empresas de gás e petróleo. Para assumir o cargo, seria obrigado a abrir mão desses investimentos, dedicando-se exclusivamente à gestão da Petrobras.
A solução encontrada foi passar a propriedade dos empreendimentos ao seu filho. O MPTCU considerou que, ainda assim, permanecia o conflito de interesses. Pires, no fim, desistiu da presidência da Petrobras. Relatório interno da estatal também apontava conflito de interesse na nomeação de Rodolfo Landim para o Conselho de Administração da empresa. Ao rejeitar o convite, ele alegou que vai priorizar a gestão do clube carioca.