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Viktor Orbán é reeleito premiê e dá vitória à extrema direita na Hungria

Por Da Redação

04/04/2022 às 13:12:41 - Atualizado há

Viktor Orbán será, pelo quarto mandato consecutivo, primeiro-ministro da Hungria após seu partido, o Fidenz, conquistar 135 cadeiras no Parlamento entre 199 possíveis. Com essa maioria, o premiê poderá mudar novamente a Constituição do país sem votos de outras legendas.

A oposição formou uma coalizão de seis partidos de diferentes orientações ideológicas para tentar derrotar Orbán e fez uma eleição primária para encontrar o candidato ideal. O escolhido do "Unidos pela Hungria" foi Péter Márki-Zay, prefeito de Hódmez?vásárhely, uma cidade com pouco mais de 40 mil habitantes. No entanto, ele não conseguiu os votos necessários.

"O mundo inteiro pode ver que nosso tipo de política cristã, conservadora e patriótica venceu”, disse Orbán em discurso após a vitória. “Estamos enviando à Europa uma mensagem de que isso não é o passado – é o futuro.”

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A eleição deste domingo (3) também foi acompanhada de um plebiscito com perguntas relacionadas à educação sexual para crianças no país. Assim, Orbán e seu partido aprovaram uma legislação que proibiu menções a pessoas LGBTQIA+ em material escolar e em programas de televisão para menores de 18 anos.

Ao receber Jair Bolsonaro (PL) em Bucareste em fevereiro, o premiê afirmou que conversou com o presidente brasileiro sobre supostos "ataques à família".

Após ganhar as eleições, Orbán disse que conseguiu vencer apesar do "maior poder" de seus oponentes, como "a esquerda em casa, a esquerda internacional, os burocratas em Bruxelas, o dinheiro do império [de George] Soros, a mídia internacional e até o presidente ucraniano".

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) enviou uma delegação para acompanhar o pleito e destacou que a eleição ocorreu sem incidentes e ofereceu alternativas aos eleitores, mas não alcançou os "padrões internacionais".

"Apesar de ser competitivo, o processo foi prejudicado pela sobreposição generalizada de mensagens do governo e da coalizão governante, o que borrou a linha entre Estado e partido, bem como pelo viés da mídia e financiamento de campanha opaco", afirmou a OSCE em relatório sobre a eleição.

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