Geral Maringá

Mães de autistas pedem atenção às necessidades dos filhos na educação

Por Da Redação

04/04/2022 às 11:10:36 - Atualizado há
Foto: Reprodução/Unicef/ONU

O Transtorno do Espectro Autista é uma doença neurológica que pode comprometer a interação social, comportamento e comunicação da criança. É um diagnóstico difícil e que pode ser classificado em diferentes graus. As dificuldades são muitas. Nesta segunda-feira, 4, mães de autistas se reuniram na Praça Raposo Tavares, em Maringá, em busca de soluções para os problemas diários que enfrentam. O assunto girava em torno da educação.

O direito de ter um professor capacitando acompanhando o aluno autista é garantido por lei, mas as mães relatam ter dificuldades para conseguir ter acesso a esse direito.

A Rosangela dos Santos conta que só conseguiu após acionar o Ministério Público. 

“Eu tenho um filho autista e o meu maior motivo para estar aqui, […] é que meu filho está na educação pública, ele veio do [ensino municipal], onde a luta foi grande, porém conseguimos lá o apoio que lhe é garantido por lei. Desde que meu filho foi para o ensino estadual, no ano passado, estamos solicitando um professor de apoio, para que ele tenha o acompanhamento pedagógico que precisa. No dia 15 de fevereiro eu acionei o conselho tutelar, fiz uma notificação ao Núcleo Estadual de Educação, juntamente com o Ministério Público. Meu filho vai ter as aulas iniciadas hoje, dia 4 de abril, isso porque meu filho foi privilegiado e saiu rápido o professor dele, mas temos inúmeros exemplos de crianças e adolescentes que têm que ir pra escola […] e tem sua educação negligenciada, isso vai desencadear regressão no desenvolvimento, e fica sobre responsabilidade das mães”, conta Rosangela.

A Flávia Lucia da Silva também passou pela mesma situação.

 “Eu tenho dois filhos autistas, com várias comorbidades associadas também ao autismo, um tem 18 e o outro 14 anos. Eles estão [na educação estadual] há muitos anos. Eu só consegui professor de apoio para o meu filho mais velho que está no Ensino Médio, porque eu entrei no Ministério Público para conseguir. […] Existe um descaso muito grande, e eles precisam desse acompanhamento. O meu filho mais novo, que está no 9º ano, não tem professor de apoio, então tem dias que ele vai para o colégio aos prantos. O que eu percebo é que, em vez de progredir, ele está regredindo. […] Por isso a gente está se unindo, para buscar o direito que os nossos filhos têm garantido por lei”, relata Flávia. 

De acordo com o conselheiro tutelar Jesiel Carrara, o conselho deve se reunir com o núcleo regional de educação sobre este assunto. O conselho tem recebido demandas de mães de autistas na demora para conseguir o laudo médico pela saúde. 

“O que nós temos hoje é a demora do neurologista para passar essas crianças. Temos fila de espera no atendimento para professor de apoio, que é fundamental para o desenvolvimento dessas crianças”, afirmou o conselheiro. 

A reportagem ainda não obteve retorno da Secretaria Estadual de Educação. Dia 2 de abril foi o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Nesse domingo, foi realizada uma caminhada azul em volta do Bosque II em prol da conscientização do autismo.

Fonte: GMC Online
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