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Dados da sonda Juno revelaram crateras de até 100 km na lua Ganimedes

Por Da Redação

22/03/2022 às 00:13:38 - Atualizado há

Ganimedes, a maior lua de todo o Sistema Solar e que fica na órbita de Júpiter, tem superfície com mais crateras e formações geológicas do que se pensava. Os detalhes das formações deste satélite natural foram revelados em imagens obtidas pela sonda Juno, que incluem crateras com até 100 km de diâmetro e imagens de auroras entre os polos e equador da lua. É o que revelaram pesquisadores durante apresentações conduzidas na conferência Lunar and Planetary Science.

As célebres sondas Voyager 1 e Galileo já haviam produzido alguns registros de Ganimedes, mas em ângulos desfavoráveis. Como resultado, as imagens mostravam regiões brancas, desconhecidas pelos cientistas. “Perdemos algumas crateras de impacto realmente grandes, que simplesmente não conseguimos ver nos dados da Voyager”, disse o geólogo Goeffrey Collins, durante sua apresentação.

Crateras até então desconhecidas em Ganimedes foram registradas pela sonda Juno (Imagem: Reprodução/Caltech/SwRI/MSSS/Kalleheikki Kannisto)

Por outro lado, a sonda Juno revelou detalhadamente novas crateras na superfície de Ganimedes. “Perdemos essa grande cratera com 100 km de diâmetro, que é bastante óbvia nos dados da JunoCam”, observou. “Outra, um pouco menos óbvia, é uma cratera com aproximadamente 110 km”, disse. As imagens revelaram a ocorrência de crateras menores, com até 50 km de diâmetro.

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Além disso, as imagens mostraram algumas formações que podem ser o resultado da atividade vulcânica de Ganimedes. “Encontramos formações semelhantes a caldeiras, parecidas com aquelas que já vimos em outras partes de Ganimedes”, disse Collins. Estas caldeiras são crateras vulcânicas, provavelmente formadas por criovulcões (aqueles que expelem substâncias voláteis ao invés da lava) que liberaram água e gases congelados do interior de Ganimedes. Os novos dados aumentaram em 30% o número de formações deste tipo conhecidas.

Por fim, Pippa Molyneaux, pesquisadora no Southwest Research Institute, afirma que as imagens permitiram a identificação das localizações exatas de emissões aurorais em Ganimedes. “Conseguimos ver a extensão latitudinal das auroras pela primeira vez, e vemos que há fronteiras muito nítidas nas bodas dos polos de ambos os ovais [das auroras]”, explicou ela. “Conforme você se move em direção ao equador, as emissões caem mais gradualmente, então modelos futuros teriam que explicar isso”.

Leia a matéria no Canaltech.

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Fonte: Canal Tech
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