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Setor filantrópico se reúne para discutir crise financeira enfrentada pelas Santas Casas

Por Da Redação

11/03/2022 às 22:41:53 - Atualizado há

O setor filantrópico baiano se reunirá com o presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia (CMB), Mirócles Véras, na próxima segunda-feira (14), no Rio Vermelho, em Salvador, para discutir os principais problemas enfrentados pela categoria. O evento também contará com a participação de associados da capital e interior da Bahia. 

A presidente da Federação das Santas Casas da Bahia (Fesfba), Dora Nunes, afirma que, com a reunião, o setor poderá acompanhar o andamento das demandas das Santas Casas em um "momento tão difícil e inusitado que há dois anos vem provocando profundas transformações nas relações sociais e econômicas". 

Dora informa que as entidades filantrópicas são responsáveis por 50% de todo o atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) na média complexidade e mais de 60% na alta complexidade. “É um setor que eu costumo dizer que ele não é fundamental, mas sim essencial. Sem o setor filantrópico o Sistema Único de Saúde não existiria, porque metade dos atendimentos é feita por nós”, ressalta. 

A presidente da Fesfba ainda citou as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), que enfrentam a pior dificuldade financeira desde sua existência e está fazendo uma grande campanha de arrecadação com diversos artistas baianos, como Margareth Menezes e Durval Lelys. A presidente expõe que o problema financeiro enfrentado pelas Santas Casas não é de agora, mas que foi acentuada nos últimos dois anos por conta da pandemia da covid-19.

"Nós tivemos um aumento absurdo no preço de medicamentos e material e insumos, né? As instituições tiveram que se redesenhar e infelizmente o valor repassado pelo Estado ou pelo Município para as entidades filantrópicas não sofre alteração há muito tempo. A Osid mesmo não tem reajuste há cinco anos. A conta não fecha, não dá pra acompanhar" relata. 

Na ocasião, a comunidade filantrópica também discutirá sobre aprovação ou rejeição do Projeto de Lei 2564. O documento pede um piso salarial nacional para os Enfermeiros de R$ 7.315 mensais. Atualmente, esse valor está fixado em R$ 4.700. 

Segundo Dora, o setor filantrópico reconhece o papel estratégico e fundamental dos profissionais da enfermagem, mas o PL, do jeito que foi desenhado, de acordo com ela, vai gerar o desemprego em massa, porque não existe condição financeira para que as instituições filantrópicas suportem o impacto que esse texto gerará na suas folhas de pagamento, sem ter uma fonte de financiamento. "Queremos que essa matéria seja discutida de forma responsável", concluiu a presidente.

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