Rampa de asa delta na Grande Curitiba? Clube de voo tem projeto pronto, só falta permissão e dinheiro para construir

Segundo Padilha, os voos de paraglider ficaram mais frequentes na região nos últimos anos justamente pela falta de infraestrutura. As decolagens de asa delta, sem a pista, são mais inseguras.

“Porque é diferente a decolagem do parapente da asa delta. A asa delta precisa de uma área para correr ao passo que o parapente já pode inflar a vela e precisa de menos espaço para a decolagem. Na asa delta precisa mesmo de uma rampa porque o equipamento fica rente ao chão”, disse

Mas os aventureiros não se deram por vencidos. As decolagens continuaram no Samambaia e no Anhangava. Para praticar o voo, eles decolam no modo natural.

“Mas na verdade as decolagens apresentam um certo grau de insegurança, que são decolagens naturais. Também as trilhas apresentam alguma dificuldade e pensando não só no voo livre, mas no desenvolvendo do turismo na área é necessário dar mais segurança para todas as pessoas no parque. Então o projeto também promove essa ideia de segurança”, detalhou

Montanhas do Marumbi

O voo livre é um esporte radical que atrai cada vez mais adeptos e a região da Serra da Baitaca é um ponto de referência para a prática esportiva no Paraná. O parque fica em um dos cenários mais convidativos para o voo: a travessia de Quatro Barras a Morretes, passando pelo conjunto de montanhas do Marumbi.

Por isso, Padilha já sonha alto. Quer incentivar a prática dos voos duplos para levar turistas até Morretes “a bordo” de uma asa delta.

“Imagina você sair do Anhangava e ir sobrevoar a cordilheira do Marumbi e pousar em Morretes para saborear um barreado em um sábado. Não tem programa melhor”, imaginou.

Em fevereiro de 2022, o projeto foi formalmente entregue para a Prefeitura de Quatro Barras. Procurada pela Banda B, a assessoria do município informou que a Prefeitura é entusiasta do voo livre.

Quando recebeu o projeto, em fevereiro, o então prefeito em exercício, Jarbas Mocelin, agradeceu a iniciativa do clube.

“O projeto não só demonstra o potencial esportivo da nossa região, como também um grande incentivo ao turismo de aventura. Lembro muito bem, na minha juventude, de acompanhar os primeiros voos realizados no Anhangava, ainda no início da década de 80”, disse.