PolĂ­cia Improbidade Administrativa

MPPR aciona por improbidade 11 guardas municipais de Londrina que teriam invadido residência sem ordem judicial e torturado cinco pessoas

Por Assessoria de Comunicação MPPR

03/03/2022 às 11:29:23 - Atualizado hĂĄ

Em Londrina, no Norte Central do estado, o Ministério PĂșblico do ParanĂĄ ajuizou ação civil pĂșblica por ato de improbidade administrativa contra 11 guardas municipais investigados criminalmente pela invasão, sem mandado judicial, de uma residĂȘncia, onde teriam torturado seus moradores. A ação foi ajuizada por meio do nĂșcleo local do Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio PĂșblico e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) e da 26ÂȘ Promotoria de Justiça de Londrina.

Conforme apurou o MPPR, no dia 18 de julho de 2021, os guardas municipais foram averiguar eventual perturbação de sossego no Parque das IndĂșstrias. Na ocasião, invadiram, sem ordem judicial, uma residĂȘncia e torturaram e agrediram seus cinco moradores, quatro deles mulheres (uma delas adolescente). Conforme relata o Ministério PĂșblico na ação, os agentes pĂșblicos submeteram as vĂ­timas "a intenso sofrimento fĂ­sico e mental, com emprego de violĂȘncia, a fim de aplicar castigo pessoal. Tal violĂȘncia consistiu em golpes de cassetetes, chutes, eletrochoques, tapas, socos e disparo de arma de fogo para o alto, em via pĂșblica, além de grave ameaça de atirar contra os moradores", tudo como retaliação à atitude legĂ­tima de uma das vĂ­timas de tentar evitar a entrada dos guardas municipais, de forma ilegal, em sua residĂȘncia.

Além dos crimes cometidos no local, conforme relata o MPPR, posteriormente, os guardas – "com o objetivo de justificar e legitimar a prisão e ação violenta que se realizaram contra os ofendidos" – teriam feito denĂșncia falsa de desacato à autoridade, ameaça e infração de medida sanitĂĄria, ensejando a abertura de inquérito policial que acabou levando à prisão trĂȘs das vĂ­timas, "mantidas presas por horas em uma cela da delegacia", até serem interrogadas e liberadas no final da manhã seguinte.

Em vista dos indĂ­cios de cometimento dos crimes de tortura, abuso de autoridade, denunciação caluniosa e falsidade ideológica de documento pĂșblico, o MPPR pede na ação que os requeridos sejam afastados liminarmente de suas funções. No julgamento do mérito, requer que sejam aplicadas as sanções previstas na Lei de Improbidade, como perda da função pĂșblica, pagamento de multa civil e suspensão dos direitos polĂ­ticos.

Pelos mesmos fatos, os requeridos respondem também a processo criminal com o nĂșmero 0036099-71.2021.8.16.001.

Comunicar erro
Jornalista Luciana Pombo

© 2024 Blog da Luciana Pombo é do Grupo Ventura Comunicação & Marketing Digital
Ajude financeiramente a mantermos nosso Portal independente. Doe qualquer quantia por PIX: 42.872.330/0001-17

•   Política de Cookies •   Política de Privacidade    •   Contato   •

Jornalista Luciana Pombo
Acompanhantes GoianiaDeusas Do Luxo