SaĂșde Vacinação contra o CoronavĂ­rus

Anvisa decide nesta sexta sobre aval a pedidos de importação das vacinas Covaxin e Sputnik V

Por Banda B

04/06/2021 às 09:51:31 - Atualizado hĂĄ

Essa serĂĄ a segunda vez que a agĂȘncia se reĂșne para analisar a situação das duas vacinas e um possĂ­vel aval para oferta dessas doses.

Em março, a Anvisa negou um pedido de importação da Covaxin feito pelo Ministério da SaĂșde. Entre os motivos, estava a falta de dados mĂ­nimos exigidos para anĂĄlise e de certificado de boas prĂĄticas de fabricação.

Parecer negativo também foi dado no fim de abril a pedidos feitos por dez estados para importar a Sputnik V. Na ocasião, porém, além da falta de dados, a agĂȘncia apontou falhas técnicas em estudos e na produção da vacina que podem trazer riscos à segurança e qualidade do imunizante.

Agora, um novo parecer, o segundo para ambas, deve ser feito na mesma reunião. O encontro estĂĄ marcado para as 14h e deve se concentrar em novos pedidos de autorização feitos pelo ministério e diferentes estados.

No caso da Sputnik, o total de doses e a lista de estados não foi divulgada. Para a Covaxin, seriam 20 milhões de doses, o que equivale ao total contratado pelo Ministério da SaĂșde.

As solicitações tĂȘm como base a lei 14.124/2021, que abre espaço para que Anvisa faça a anĂĄlise de vacinas sem registro ou uso emergencial no Brasil, mas aprovadas em alguns outros paĂ­ses -como RĂșssia e Índia.

Para isso, porém, interessados na importação precisam cumprir alguns requisitos, como apresentar o relatório técnico que baseou a aprovação nesses locais, o que não ocorreu nos pedidos anteriores.

A nova tentativa de importação da Covaxin foi protocolada pelo Ministério da SaĂșde na Ășltima terça (25). A medida ocorreu poucos dias após a agĂȘncia dar aval a um pedido de realização de estudos clĂ­nicos da vacina no Brasil. A previsão é que os testes sirvam como complemento a dados obtidos em estudo feito na Índia e envolvam até 4.500 voluntĂĄrios em quatro estados.

No mesmo dia, a agĂȘncia também informou ter recebido novo pedido para atestar boas prĂĄticas de fabricação da Bharat Biotech, empresa responsĂĄvel pela produção das doses.

Desde então, a avaliação de membros do Ministério da SaĂșde é que houve avanços no processo, o que deve facilitar a nova anĂĄlise da Covaxin. A Anvisa, porém, ainda não se manifestou sobre o caso.

JĂĄ no caso da Sputnik, o histórico dos Ășltimos meses mostra que a decisão pode ser alvo de impasses. Segundo a Folha apurou, após a Ășltima negativa, novos documentos foram apresentados, mas ainda não havia consenso entre membros da agĂȘncia sobre o quanto isso poderia favorecer a obtenção de aval à importação e ao uso.

Desde janeiro, representantes da União QuĂ­mica, empresa que tem parceria com o Fundo de Investimento Direto da RĂșssia, parlamentares e governadores tĂȘm pressionado a agĂȘncia por aval à Sputnik.

Em abril, parecer da equipe técnica da Anvisa apontou, além da falta de apresentação de relatório da agĂȘncia russa, falhas em estudos e no desenvolvimento da Sputnik que trazem dĂșvidas sobre a segurança, qualidade e eficĂĄcia da vacina.

Um dos pontos crĂ­ticos apontados foi a presença, em lotes da vacina especificados em documentos, de adenovĂ­rus que pode se replicar nas células humanas, o que indica riscos à segurança do imunizante.

O adenovĂ­rus é usado na tecnologia de desenvolvimento da vacina como vetor para carregar informação genética do coronavĂ­rus e induzir a resposta imune. O vĂ­rus, no entanto, não pode ser capaz de se replicar.

Após a decisão, representantes do fundo russo negaram os problemas apontados e ameaçaram recorrer à Justiça. JĂĄ a Anvisa alegou que os dados vieram do próprio desenvolvedor do produto.

Recentemente, governadores que fazem parte do Consórcio Nordeste anunciaram ter entregue à agĂȘncia relatório técnico que baseou a aprovação da vacina na RĂșssia, o qual contém dados sobre o imunizante.

O documento deve fazer parte do parecer a ser apresentado pela agĂȘncia nesta sexta.

Fonte: Banda B
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