Saúde Covid-19

Técnicos querem revogar portaria pró-cloroquina do Ministério da Saúde

Ministério da Saúde rejeitou quatro estudos sobre tratamento de Covid-19. Técnicos pedem aprovação dos protocolos

Por Rebeca Borges

07/02/2022 às 14:11:28 - Atualizado há
Rafaela Felicciano/Metrópoles

O grupo elaborador dos estudos sobre tratamento de Covid-19, reprovados pelo Ministério da Saúde, enviou, nesta sexta-feira (4/2), um recurso ao órgão solicitando a aprovação das pesquisas realizadas pelos técnicos.

O ofício tem 101 páginas e, de acordo com o professor Carlos Carvalho, da Universidade de São Paulo (USP), coordenador das pesquisas, foi enviado ao ministério por volta das 12h desta sexta.

No documento, os técnicos pedem a revogação da portaria Nº 7 de 25 de janeiro de 2022, assinada pelo secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto.

Na portaria, Angotti rejeita os quatro estudos realizados voluntariamente pelo grupo elaborador e aprovados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec). Entre os documentos vetados, está o estudo Diretrizes Brasileiras para Tratamento Medicamentoso Ambulatorial do Paciente com Covid, que rejeita o uso do chamado kit Covid em pacientes que estão em tratamento ambulatorial.

Após receber oficialmente o documento, o Ministério da Saúde deverá avaliar o recurso protocolado pelos pesquisadores. O Metrópoles procurou o órgão federal para atestar se o ofício já foi recebido, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

Repercussão

Em nota técnica divulgada na página da Conitec, o secretário Hélio Angotti lista uma série de justificativas para não aprovar as recomendações. Entre elas, Angotti cita o "respeito à autonomia profissional" e a "necessidade de não se perder a oportunidade de salvar vidas". O secretário também acusou a elaboração dos estudos de seguir um "possível viés na seleção de estudos e diretrizes".

Além disso, na nota técnica, a pasta publicou uma tabela que afirmava haver efetividade e segurança no uso de hidroxicloroquina no tratamento contra a Covid-19. O medicamento é considerado ineficaz por sociedades científicas. No mesmo trecho, a nota pontuava que não existe efetividade e segurança no uso de vacinas contra a Covid-19.

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