Política Gaeco

Gaeco ouve dez no caso mensalinho

Por JANAINA GARCIA

18/01/2022 às 14:49:00 - Atualizado há

O inquérito que apura suposto pagamento de um ''mensalinho'' a vereadores de Londrina pela empresa Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) prossegue, hoje à tarde, com o depoimento de Luiz Carlos Tamarozzi (PTB) e Osvaldo Bergamin (sem partido). Personagens no escândalo de corrupção iniciado no Legislativo londrinense em janeiro passado, e que já rendeu 14 ações cíveis e criminais, os dois parlamentares estão afastados dos postos - sem prejuízo da remuneração líquida de R$ 5.724 - por liminares judiciais concedidas no primeiro semestre deste ano. Bergamin está afastado, e recebendo, desde março; Tamarozzi, desde junho.


O último desdobramento do inquérito conduzido pelo delegado Alan Flore havia sido no dia 18 de agosto, quando ficaram frente a frente, em uma acareação de meia hora, o gerente-geral da TCGL, Gildalmo Mendonça, e o ex-vereador Orlando Bonilha (sem partido), cassado pelo Plenário em maio passado. Foi a partir de depoimento de Bonilha ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em junho, quando de sua segunda prisão, que o suposto esquema veio à tona: segundo o ex-parlamentar, Gildalmo seria responsável pela distribuição de uma espécie de mesada paga pela concessionária de transporte a 11 parlamentares, no valor de aproximadamente R$ 1,6 mil. Conforme Bonilha, a ''ajuda'' estaria sendo entregue há mais de dez anos e serviria para que os vereadores não levassem a plenário polêmicas sobre o transporte coletivo recebidas pelos usuários do sistema.


Na acareação do mês passado, Gildalmo - que chegou a ficar preso quatro dias, na fase inicial das investigações - voltou a negar a existência do mensalinho, assim como Bonilha manteve a versão do pagamento.


A reportagem apurou que os dez nomes da atual Legislatura - participantes dela, ainda, ou não - citados por Bonilha como supostos recebedores da mesada da TCGL devem ser ouvidos até a tarde da próxima quinta-feira. Além de Tamarozzi e Bergamin, foram intimados também o presidente da Casa, Sidney de Souza (PTB); o líder do Executivo, Gláudio Renato de Lima (PT); o ex-vereador Henrique Barros (sem partido), Jamil Janene (PMDB), Sandra Graça, Marcelo Belinati e Renato Araújo (os três, do PP) e o vereador afastado Flávio Vedoato (PSC). À exceção de Bonilha, Bergamin e Barros, todos os demais estão em campanha pela reeleição. Os nove, porém, negam participação em qualquer ato de corrupção delatado por Bonilha.


O delegado não quis falar sobre os depoimentos dos vereadores. Resumiu com uma remissão ao que dissera, após a acareação de agosto: ''Já tinha dito naquela ocasião que outras seriam ouvidas'', encerrou.

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