A Meta Platforms vai recorrer da decisão da Autoridade de Concorrências e Mercado do Reino Unido (CMA) que ordenou a venda da plataforma de animações Giphy. De acordo com a controladora do Facebook, as evidências usadas pela CMA não apoiam a conclusão do órgão.
No início de dezembro, a CMA decidiu que a propriedade do Giphy pela Meta era uma ameaça para os rivais da empresa. Segundo o órgão, o fato da Meta ser dona da plataforma de GIFs poderia impactar de maneira relevante na concorrência dentro do mercado de publicidade gráfica.
A Meta, que naquele momento ainda se chamava Facebook, comprou o Giphy por US$ 400 milhões (R$ 2.2 bilhões, na cotação atual), em maio de 2020. A aquisição foi aprovada pela Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês), dos Estados Unidos.
Porém, no momento de validar a negociação no Reino Unido, os argumentos usados pela Meta não foram aceitos pela CMA. A decisão do órgão surpreendeu muita gente, já que o CMA nunca havia bloqueado nenhuma negociação deste porte envolvendo grandes empresas de tecnologia.
Segundo um porta-voz da Meta, a empresa vai buscar a suspensão da ordem de desinvestimento junto ao órgão, porém, não deu detalhes sobre qual será sua estratégia de defesa e quais argumentos serão rebatidos. A apelação, inclusive, não deve acontecer no ano de 2021.
Atualmente, metade do tráfego da biblioteca de imagens do Giphy vem das redes sociais controladas pela Meta: Instagram, Facebook e WhatsApp. Porém, usuários de plataformas concorrentes, como o Twitter e o TikTok, também usam o Giphy em seus conteúdos.
A ordem de desinvestimento do CMA teve como base o temor de que os usuários dessas plataformas tenham alguma restrição no acesso à biblioteca do Giphy, ou tenham que compartilhar dados de seus usuários com a Meta em troca do acesso às animações.
Leia mais:
A Meta, por sua vez, garantiu que não iria fazer nenhuma alteração nos termos de uso do Giphy para os concorrentes e nem coletaria dados adicionais para uso dos GIFs. Este segundo ponto, porém, está restrito a animações que não usam mecanismos de rastreamento, como pixels ou os recém-quase-finados cookies.
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!