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Pesquisa aponta para um novo modelo de transporte público de Foz do Iguaçu

Por Da Redação

22/12/2021 às 14:16:50 - Atualizado há

A pesquisa divulgada pelo prefeito Chico Brasileiro (PSD) nesta segunda-feira, 20, sobre a avaliação do sistema de transporte aponta para um novo modelo do modal em Foz do Iguaçu, conforme as respostas dos usuários às 37 perguntas nas duas fases do levantamento. “Está em andamento um processo administrativo para avaliação do funcionamento do transporte coletivo e esta pesquisa é mais um instrumento que vai embasar as decisões necessárias”, adiantou o prefeito aos vereadores durante encontro na Câmara.

“O transporte coletivo é uma questão de toda sociedade, não apenas de quem usa, pois interfere em outras importantes áreas, como a saúde, a mobilidade urbana. Por isso, o poder público não pode se omitir e estamos tomando as medidas necessárias”, completou Brasileiro.

A maioria das respostas dos usuários aponta para um sistema ineficiente, inseguro, e com ônibus superlotados, ou seja, o atual sistema operado pelo consórcio Sorriso não funciona e a melhor medida será a caducidade do contrato assinado em 2010 e está marcado para vencer em 2025, portanto, daqui a quatro anos.

O consórcio levou ainda três invertidas quando pediu o aumento da tarifa de R$ 4,1 para R$ 5. O pedido foi negado pela prefeitura e reiterado, após indeferimento de liminar e recurso, pela 2ª Vara da Fazenda Pública de Foz do Iguaçu e pelo Tribunal de Justiça do Paraná.

“O detalhamento que trouxe a pesquisa é importante para termos um raio-x da atual situação, de acordo com o perfil dos usuários e das linhas, e que vai subsidiar a elaboração de um novo modelo que atenda às necessidades dos usuários e atraia também os não usuários”, disse o superintendente do Foztrans, Licério Santos.

Insatisfação maior

O secretário da Transparência e Governança, José Elias Castro Gomes, aponta para outro dado interessante coletado no levantamento: 74,5% dos não usuários disseram que voltariam a usar o transporte coletivo. “Este é o motivo pelo qual devemos trabalhar para oferecer um transporte de qualidade, com condições adequadas e que atenda à população, e também dos visitantes de Foz”, disse.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário, Dilto Vitorassi, considera que o grau de insatisfação da população em relação ao transporte é ainda maior do que o apontado na pesquisa. “O transporte coletivo não está à altura dos outros setores, principalmente do empresarial, que precisa de pontualidade”, disse.

“Uma cidade que tinha uma frota de 158 ônibus e hoje opera com apenas 70 veículos, é óbvio que dá superlotação, é óbvio que dá a demora. Transporte coletivo da maneira como está, não dá”, completou.

Urgência

O presidente do Conselho Municipal do Transporte, Fernando Martin, aponta a urgência para um novo sistema que atenda os usuários de forma mais digna. “As reclamações e o serviço inadequado mostrados na pesquisa são interessantes, mas o que mais interessa mesmo e tem urgência é um novo modelo de transporte público urbano para Foz do Iguaçu”.

“Os dados que agora estão no papel poderão ser utilizados como subsídio para utilizar no processo de contestação e de fechar o contrato. O conselho pensa em um novo modelo de transporte público. Se comenta que caiu o número de usuários e que muitos deixaram de usar porque compraram veículo, carro ou motocicleta. Mas 80% dos que saíram do sistema afirmam que voltariam a usar o transporte”, completou

Martin observa, no entanto, a boa relação entre os usuários e motoristas. A pesquisa registra que para a maioria, os motoristas são cordiais: ótimo (12,9%), bom (35,4%), regular (34,4%), ruim (8,7%) e péssimo (8,1%). “Esse é um fato importante: a grande aprovação dos servidores com os usuários do transporte. Mesmo no estado de superlotação, calor, atraso nas linhas, demora para chegar, ainda conseguiram elogiar os motoristas”, disse.

A presidente da Comissão de Transporte Público na Câmara Municipal, Anice Gazzaoui (PL), afirma que a população não pode continuar sofrendo com um sistema que colapsou. “Os vereadores da comissão vão analisar a pesquisa, mas o atual sistema é inadequado, para dizer o mínimo, e que precisamos uma nova modelagem que contempla mais ônibus circulando, linhas que atendam todos os bairros e um sistema que garanta um transporte seguro, inclusive nos horários de pico”.

As informações são de GDia

Fonte: Cabeza News
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