O conceito de “carro conectado” se aplica bem ao Chevrolet Cruze Sport6 1.4 turbo. O modelo sai de série com uma ampla gama de itens voltados tanto para conectividade e conforto quanto para a segurança do motorista e passageiros. Em termos de conectividade, os pontos que merecem destaque são os seguintes:
O pacote completo de segurança inclui tudo o que está disponibilizado nas versões LT e LTZ, como controle de tração e estabilidade, assistente de partida em aclive e seis airbags. Além disso, a variante conta com:
Dirigir a versão hatch do Chevrolet Cruze 1.4 turbo é uma experiência bastante agradável, sobretudo pela boa aceleração e o torque praticamente imediato, os principais destaques. Por se tratar de um carro com perfil baixo e mais esportivo, no entanto, o Cruze se mostrou mais interessante que seu "parente" SUV de marca, o Tracker.
Forte nas saídas, seguro nas retomadas e preciso nas ultrapassagens, o hatch médio tem desempenho suficiente para não fazer feito frente aos badalados esportivos importados. Tudo isso graças ao motor turbo 1.4, capaz de gerar até 153 cavalos (no etanol) e 24,5 kgfm de torque. A propulsão casa perfeitamente com o câmbio automático de 6 marchas e com a direção elétrica, precisa e confortável, apesar da ausência de paddle shifts.
O conforto merece destaque especial na análise. Além de espaçoso, tanto nos bancos dianteiros quanto nos traseiros, graças às generosas dimensões de 4.448 mm (comprimento), 1.807 mm (largura), 1.484 mm (altura) e 2.700 mm (entre-eixos), o Cruze hatch oferece outros “mimos” que fazem a diferença.
Entre eles, podemos citar apoios de braço central, cintos e apoios de cabeça para todos, luzes de leitura e, acreditem, ajuste elétrico do banco do motorista, raridade em modelos à venda no Brasil, exceto entre as marcas consideradas mais luxuosas. Um ponto que pode ser considerado como negativo é o espaço do porta-malas, que é de apenas 290 litros, menor do que em hatches compactos, como Renault Sandero (320 litros) ou HB20 (300 litros).
Em relação ao consumo, mais um ponto positivo a favor do “Último dos Moicanos”. O Cruze rodou com a reportagem abastecido com gasolina e fez uma média de 10,8 km/l, exclusivamente em perímetro urbano. De acordo com o Inmetro, o número esperado é de 11,1 km/l, ou seja, bem próximo do apresentado nos testes. O órgão diz ainda que, na estrada, a média seria de 13,9 km/l. No etanol, os números caem para 7,6 km/l e 9,3 km/l na cidade e na estrada, respectivamente.
O Cruze 1.4 turbo em sua variante hatch tem um design esportivo, arrojado e bastante agressivo. As linhas aerodinâmicas dão ao modelo da Chevrolet um visual impactante, tanto “indo” quanto “voltando” (ou seja, na parte frontal e na traseira).
O exterior do hatch tem como destaques principais a grade dianteira, que lembra um pouco a do Malibu, sedan que teve vida curta no Brasil, e o conjunto óptico, com faróis alongados e visual agressivo.
Por dentro, o capricho também está presente em todos os detalhes. A versão testada pelo Canaltech tinha acabamento na cor caramelo, um charme a mais para um modelo que conta ainda com bancos em couro, painel macio ao toque e teto solar elétrico no complemento de um pacote bem pensado pela montadora.
Como citamos anteriormente, o Chevrolet Cruze Sport6 foi apelidado de “O Último dos Moicanos” justamente por navegar sozinho no Brasil no segmento de hatches médios. Sem Ford Focus, Volkswagen Golf nem Peugeot 308, ficaria injusto apontar um concorrente direto ao modelo da General Motors.
Apenas para não passar em branco, no entanto, citaremos dois hatches compactos que, em suas versões mais completas, poderiam (tentar) competir com o Cruze Sport6 e, para complementar, um modelo anunciado recentemente, que pode chegar para brigar na mesma faixa de preço do Chevrolet.
Os dois primeiros são o Hyundai HB20, que sai por pouco mais de R$ 82 mil em sua versão aventureira (Evolution), dotada de câmbio automático 1.6; e o Fiat Argo, que pode beirar os R$ 100 mil em sua variante topo de gama, HGT 1.8 E.Torq, também com câmbio automático.
O modelo novo mencionado, e que só pintará a partir de março de 2022, é o Honda City Hatch, anunciado para ocupar o lugar do Fit, mas que será maior do que o antecessor. O preço do lançamento da marca japonesa parte dos R$ 120 mil em sua versão Touring, a mais indicada para bater de frente com o Cruze Sport6.
"O Cruze Sport6 1.4 turbo navega sozinho em seu segmento, mas nem por isso é acomodado. O carro oferece conforto, desempenho e tecnologia dignos das marcas mais badaladas (e caras) do mercado"
De acordo com o site oficial da Chevrolet, o Cruze Sport6 2022 pode ser encontrado a partir de R$ 129.100. Esse preço, no entanto, é o da configuração mais simples do que a testada pela reportagem do Canaltech, e diz respeito à variante LT. A versão LTZ parte de R$ 144.570, enquanto a Premier, que passou 7 dias em nossas mãos, tem preços começando em R$ 157.130.
Pela faixa de preço em que se encontra, o veredicto sobre o Chevrolet Cruze Sport6 1.4 turbo pode ser dado sob duas óticas distintas, ambas ligadas diretamente ao “gosto do freguês. Se você não faz parte da imensa massa que hoje se rendeu aos SUVs e não pensa em migrar para modelos de entrada de marcas mais luxuosas, como Audi ou BMW, o “Último dos Moicanos” certamente tem espaço na sua garagem.
O Chevrolet Cruze Sport6 testado pelo Canaltech foi gentilmente cedido à reportagem pela General Motors do Brasil.
Leia a matéria no Canaltech.
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