PolĂ­tica Censura

Em discurso em Chapecó, Bolsonaro ataca STF e apoiadores pedem fechamento

Por Correio 24 Horas

25/06/2021 às 23:16:08 - Atualizado hĂĄ

O presidente Jair Bolsonaro voltou a reforçar nesta sexta-feira, 25, ataques a instituições democrĂĄticas, em especial, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à imprensa. Durante discurso a empresĂĄrios de Chapecó (SC), Bolsonaro citou a decisão do STF de garantir que governadores não sejam inquiridos pela CPI da Covid no Senado e disse ser "inacreditĂĄvel" o que acontece na Corte. As falas do presidente foram repercutidas pela plateia com as palavras de ordem: "Fecha! Fecha!".

Sem citar o nome de Luiz InĂĄcio Lula da Silva, Bolsonaro afirmou que "tiraram da cadeia" o petista para que ele seja presidente do Brasil. No lugar de se referir pelo nome, Bolsonaro gesticulou com a palma da mão aberta, com exceção do dedo mindinho dobrado. "Tiraram ele da cadeia, tornaram ele elegĂ­vel, com toda certeza, para ser presidente na fraude. Com esse critério eletrônico que estĂĄ aĂ­, ele pode chegar", afirmou Bolsonaro que voltou a defender o voto impresso.

"Tapetão por tapetão, sou mais o meu", completou, dizendo que só Deus tiraria ele do cargo. Segundo pesquisa Idec, divulgada nesta sexta-feira, se as eleições presidenciais fossem realizadas hoje, Lula ganharia em primeiro turno, com 56% dos votos vĂĄlidos contra 26% de Bolsonaro.

O atual presidente também reforçou o compromisso de campanha de encaminhar, nesta segunda indicação para a Suprema Corte, o nome de alguém evangélico. "Lógico, além de evangélico, esse sim, dono de um notório saber jurĂ­dico", disse. "Alguns apareceram como candidatos. Boas pessoas. Eu vou indicar para o Supremo quem toma cerveja comigo. É o critério da confiança, da lealdade mĂștua. Não basta ter bom currĂ­culo. É importante, mas tem que falar a minha linguagem. Quero que defendam no Supremo as questões econômicas e as questões familiares", completou o presidente.

Bolsonaro diz que seu governo não cometeu erros na condução do combate à covid

O presidente disse que seu governo não cometeu erros na condução do combate à covid-19. Para ele, seu governo teve "a coragem de propor alternativas" que não vieram da sua cabeça, "do nada". "Hoje nós jĂĄ sabemos alguma coisa sobre o vĂ­rus, mas, com todo respeito, não errei nenhuma do que eu falei no passado. Nenhuma. Talvez eu tenha sido o Ășnico chefe de Estado que foi nessa linha no mundo todo. Com todo respeito, tem que ter coragem ou ser maluco para agir dessa maneira. O Ășnico certo", completou Bolsonaro.

Na sua fala, Bolsonaro reforçou crĂ­ticas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, que investiga ações e omissões no combate à pandemia, ao presidente e ao relator do colegiado, senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL). O presidente citou investigações e processos contra ambos os parlamentares. "Renan Calheiros virou o pai da moralidade com 17 inquéritos no Supremo. Omar Aziz é outro: com a esposa e famĂ­lia toda presa, virou paladino da ética", completou Bolsonaro.

Segundo Bolsonaro, o chefe do Executivo estĂĄ sendo "massacrado" na CPI só "na cabeça deles". "Eles podiam seguir o exemplo nosso: não roubar", argumentou o presidente, que voltou a defender que no seu governo não hĂĄ corrupção.

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