Em meio à árdua batalha contra a covid-19, a preocupação mais recente vem sendo como lidar com a variante Ômicron, descoberta na África do Sul. Na última terça (30), a Anvisa anunciou os dois primeiros casos de Ômicron no Brasil, o que leva às alturas o alerta da população. Como a cepa do coronavírus ainda é muito nova, ainda há muitas perguntas sem respostas.
A variante conta com 50 mutações, 32 delas na proteína Spike, o que tem causado receio nos cientistas: a maioria das vacinas disponíveis atualmente no Brasil funciona justamente injetando a proteína ou o RNA mensageiro do vírus no organismo para ensinar a combater a doença. Isso significa que os imunizantes podem não ser adequados para proteger da variante, mas... ainda faltam estudos.
Com isso em mente, as farmacêuticas AstraZeneca, Pfizer, Moderna e Janssen trabalham para adaptar as fórmulas atuais de seus imunizantes e em pesquisas para entender a eficácia no combate à variante. Por sua vez, a OMS já declarou que está concentrada em trabalhar com parceiros técnicos para entender o impacto potencial da variante nas vacinas.
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Assim como os especialistas em geral, a OMS não compreende se a Ômicron vem acompanhada por sintomas mais intensos. "Atualmente, não há informações que sugiram que os sintomas associados à ômicron sejam diferentes daqueles de outras variantes", anunciou, acrescentando que a tarefa de compreender o nível de gravidade da variante ômicron pode levar dias ou várias semanas.
Segundo a médica sul-africana Angelique Coetzee, uma das primeiras a identificar a nova cepa, alguns dos sintomas se diferem do que é esperado na covid-19. Nenhum de seus pacientes apresentava perda de paladar ou de olfato, por exemplo. A médica menciona que a principal preocupação deve ser com os idosos ainda não vacinados. Em contrapartida, outros especialistas afirmam que ainda é cedo demais para listar os sintomas específicos dessa variante.
De acordo com a OMS, "evidências preliminares sugerem que pode haver um risco aumentado de reinfecção com a Ômicron, em comparação com outras variantes de preocupação, mas as informações são limitadas". No entanto, ainda não há uma informação concreta.
Em um comunicado, a OMS apontou que ainda não está claro se a Ômicron é mais transmissível em comparação com outras variantes, incluindo a delta. "O número de pessoas com diagnóstico positivo aumentou em áreas da África do Sul afetadas por esta variante, mas estudos epidemiológicos estão em andamento para entender se é por causa dela ou de outros fatores", afirmou a organização.
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