Política Notícia

Ex-aliados de Bolsonaro assumem frente na campanha de Sergio Moro

Por Da Redação

22/11/2021 às 13:23:15 - Atualizado há

Após filiação ao Podemos, o ex-juiz Sergio Moro começou a conversar com antigos aliados do presidente Jair Bolsonaro na tentativa de estreitar laços político-partidários para a estruturação da campanha do próximo ano. As primeiras tratativas têm sido com parlamentares do PSL, sigla que esteve com o presidente em 2018, em um gesto que evidencia a estratégia de Moro de avançar sobre redutos bolsonaristas.

Enquanto aguardam homologação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para oficializar fusão do PSL com o DEM, que dará origem ao União Brasil, parlamentares da antiga sigla de Bolsonaro ajudam a pavimentar o nome do ex-juiz.

Em São Paulo, por exemplo, o ex-ministro da Justiça conta com ajuda do deputado Júnior Bozzella (PSL-SP). O parlamentar e Moro mantêm conversas desde antes do anúncio de filiação ao Podemos e Bozzella defende o ex-juiz como “o único candidato” capaz de consolidar “uma saída” para as eleições de 2022.

“Hoje, Moro reúne as melhores para conseguir furar esse bloqueio de extremos e dar uma unificada nesses partidos que estavam meio distintos por causa da terceira via. Por estar na frente, Moro vai ter melhores condições de atrair os demais”, afirmou.

Parte das ações do PSL no suporte a Moro envolve a construção de uma agenda de viagens. No caso de São Paulo, o tour pelo estado deve passar por municípios que registraram as maiores votações a favor de Bolsonaro.

Sem oficializar sua candidatura ao Palácio do Planalto, Moro começou a distribui cargos de coordenação de campanha nos estados. Também do PSL, deputada Dayane Pimentel (BA), outra ex-aliada de Jair Bolsonaro, irá compor a chapa do ex-juiz, como coordenadora na Bahia

O União Brasil ainda não bateu martelo sobre o nome que irá apoiar nas eleições do próximo ano. O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, chegou a ser apontado como possível candidato, mas a tendência é que ele dispute uma vaga no Congresso.

Outro caminho seria a negociação de uma vice, o que poderia contribuir para uma eventual aliança com Sergio Moro. Um dos entraves para a sustentação de uma pré-candidatura de Mandetta é a baixa pontuação que ele tem registrado nas pesquisas de intenção e voto.

O partido, antes de ser abrigo de Bolsonaro para as eleições de 2018, estava entre as siglas de baixa representação. Com o presidente na legenda, foram emplacadas 52 das 513 cadeiras da Câmara. O número só é menor que o do PT, cuja bancada será de 56 integrantes.

Além do PSL, Sergio Moro segue conversando com partidos do Novo, PSDB e DEM. O ex-juiz também consolida encontros com o Movimento Brasil Livre (MBL) para construir o discurso econômico a ser adotado na campanha.

> Problemas no aplicativo de votação suspende prévias do PSDB

> Lira diz que reeleição dele não depende de Bolsonaro e critica candidatura de Pacheco

Comunicar erro
Jornalista Luciana Pombo

© 2024 Blog da Luciana Pombo é do Grupo Ventura Comunicação & Marketing Digital
Ajude financeiramente a mantermos nosso Portal independente. Doe qualquer quantia por PIX: 42.872.330/0001-17

•   Política de Cookies •   Política de Privacidade    •   Contato   •

Jornalista Luciana Pombo