Educação Feira de Ciências

Aluno de doutorado da UFPR cria feira de ciências com alunos de unidade prisional

Por Da Redação

29/10/2021 às 16:03:32 - Atualizado há

Rodrigo Gomes, aluno de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e em Matemática (PPGECM/UFPR), criou e desenvolveu com colegas professores a 1ª Feira de Ciências e Mostra Científica com alunos internos do Centro de Detenção e Ressocialização de Linhares (CDRL), uma unidade prisional no Espírito Santo, onde o doutorando trabalha. O evento, realizado nesta última semana de outubro, contou com 24 trabalhos elaborados pelos alunos.

O trabalho de pesquisa do Rodrigo é voltado para o ensino de química e de história da ciência no cárcere. Ele procura entender as potencialidades dessas aprendizagens para a ressocialização. “O Brasil tem a 3ª maior população prisional do mundo. (…) Portanto, oferecer educação para esta população se constitui em grandes desafios, os quais envolvem desde aspectos legais, estruturais, de motivação dos internos, até questões curriculares. Nesse universo de desafios, consideramos que a ciência pode ser uma grande aliada para despertar o interesse dos internos porque, por meio dela, alimentamos o que há de mais primitivo e ao mesmo tempo, talvez de mais bonito e nobre da humanidade: a busca pela compreensão do mundo em que vivemos”, defende a orientadora do trabalho, professora Joanez Aparecida Aires.

Feira de ciências

O evento foi dividido em duas categorias: Mostra Científica (apresentação de experimentos e divulgação de trabalhos já existentes de autoria ou não dos participantes) e Feira de Ciências (projetos inovadores). Os alunos apresentaram trabalhos como produção de hidrogênio a partir da reação com alumínio em hidrólise alcalina, uma máquina de solda de baixo custo, uma bomba de oxigênio, sem uso de energia elétrica e uma chocadeira para aumentar a produtividade em granjas.

“Foi fantástico e com grande potencial formador para todos os envolvidos: alunos internos, professores e pesquisador. (…) Os depoimentos – tanto dos alunos, das autoridades presentes, bem como do meu orientando – foram contagiantes. Todavia, as mais emocionantes foram dos alunos internos. (…) Como a fala de um dos alunos internos participantes: "Participar de uma ação como essa é de extrema importância para nós. Vejo como um processo de reeducar e ressocializar. É a ciência que educa, que transforma e liberta o homem da ignorância para o saber. Com projetos assim, sentimos que não estamos esquecidos e existem pessoas que acreditam na nossa mudança"”, finaliza a professora.

Fonte: UFPR
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