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Novo tratamento da AstraZeneca pode proteger contra covid grave por 1 ano e meio

Por Da Redação

26/10/2021 às 09:38:29 - Atualizado há

A AstraZeneca está concentrada em um novo tratamento para a covid-19: o AZD7442, que consiste em anticorpos monoclonais (produzidos em laboratório para imitar as defesas naturais do corpo). Os novos resultados divulgados pela empresa apontam que o tratamento é eficaz na redução de doenças graves ou morte.

Na prática, os anticorpos reconhecem partes específicas do SARS-CoV-2 e atacam diretamente ou se ligam a eles para impedir a replicação do vírus. Depois disso, os anticorpos permanecem no corpo por um período, integrando a memória imunológica. O AZD7442 é um coquetel de dois anticorpos monoclonais (tixagevimabe e cilgavimabe), projetado para evitar a forma grave da covid-19.

Tal como a vacina, o coquetel de anticorpos é injetável por via intramuscular (Imagem: felipecaparros/envato)

A principal diferença entre este e outros tratamentos baseados em anticorpos é que no AZD7442, os anticorpos foram modificados para que permaneçam no corpo por mais tempo, e os estudos evidenciaram essa proteção de longo prazo: a estimativa é que uma dose de AZD7442 possa oferecer proteção de 12 a 18 meses contra covid grave.

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Eficácia do coquetel durante o estudo

O estudo de fase 3 da AstraZeneca investigou a eficácia do tratamento quando administrado a pacientes infectados com SARS-CoV-2, sob uma avaliação de 822 participantes adultos. Desses, 407 receberam o AZD7442, sendo que, neste grupo, 18 desenvolveram covid grave ou morreram. Do grupo controle (que recebeu o placebo), participaram 415 pessoas — e 37 desenvolveram a forma grave da doença ou foram a óbito. Isso sugere que os participantes foram 50% menos propensos a desenvolver a forma grave da doença do que aqueles que tomaram um placebo.

Os pacientes envolvidos no estudo receberam o tratamento de urgência, ou seja, dentro de cinco dias após apresentarem sintomas. Dos que receberam o remédio, 67% conseguiram se recuperar sem hospitalização. O estudo da AstraZeneca ainda não foi revisado por pares, mas pode ser encontrado aqui.

Leia a matéria no Canaltech.

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Fonte: Canal Tech
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