Alguns pontos levantados pelo vídeo de aproximadamente nove minutos são bem interessantes: o primeiro exemplo é o de um espelho de cerca de 6,5 metros (m), que possui dobradiças para se dobrar “tal qual um origami”, segundo a Nasa.
Isso porque o telescópio será guardado de forma bem compacta dentro do foguete Ariane 5, projetado e operado pela Arianespace – ou seja, esse espelho estará dobrado. Entretanto, quando o telescópio se separar do foguete e acionar seus próprios propulsores, ele deverá aos poucos abrir o componente por conta própria.
Essa é uma boa hora para lembrar que o telescópio espacial James Webb ficará posicionado a cerca de 1,6 milhão de quilômetros (km) de distância do Sol – no chamado “Segundo Ponto de Lagrange”, bem atrás da Terra, mas com uma órbita de velocidade igual à nossa. Em outras palavras, não poderemos mandar ninguém até ele para consertos e manutenção.
Outro ponto de risco: segundo o vídeo, cerca de 12 horas após se separar do foguete, o James Webb deverá acionar seus propulsores, contando também com um impulso dos ventos solares – partículas energizadas emitidas pelo Sol. Uma pequena aba auxiliar deverá ser acionada a fim de oferecer estabilidade ao transporte.
Mas esses dois nem se comparam ao complexo sistema de proteção solar que, segundo a Nasa, é “do tamanho de uma quadra de tênis, com 140 mecanismos de soltura, 70 articulações montadas, 400 polias, 90 cabos e 8 motores de acionamento”. A agência fala no vídeo que toda essa cadeia deverá funcionar de maneira plena após o lançamento.
“As duas semanas após o lançamento serão a nossa Copa do Mundo, o nosso Super Bowl – você escolhe a analogia”, disse Amy Lo, Diretora Adjunta de Engenharia Veicular do Telescópio Espacial James Webb. “Anos do nosso treinamento serão decisivos nesse momento”.
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