A chamada terceira via já tem alguns possíveis candidatos, como Rodrigo Pacheco, que vai se filiar ao PSD de Gilberto Kassab. Já o PSDB fez o primeiro debate das prévias para as eleições de 2022, disputadas entre Arthur Virgílio Neto, ex-prefeito de Manaus, Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, e João Doria, governador de São Paulo.
Ao ser questionado se ficaria "complicado para Doria se diferenciar" caso Lula pendesse mais para um diálogo com o Centro, Maia respondeu que, se "Bolsonaro seguir sendo o adversário dele, Lula vai poder jogar parado" e "não precisará se comprometer com ninguém".
"Se o Bolsonaro começa a se enfraquecer, como eu acho que vai acontecer, e caminhar para menos de 20% das intenções de voto, naturalmente alguém vai ocupar o espaço, porque existe o antipetismo ainda", completou.
Maia já admitiu, em outra ocasião, que "seu sonho" seria unir duas vertentes que até bem pouco tempo se mostravam completamente antagônicas: Doria e o ex-ministro de Lula, Ciro Gomes (PDT).
"O Ciro é um candidato forte. Eu tentei levar o DEM a apoiá-lo. Quando empresários me perguntavam se eu estava maluco, eu dizia que precisávamos construir uma agenda com o Ciro na economia, porque no social não ia ter muita diferença", afirmou.
Para ele, no entanto, o problema de Ciro é a estratégia. Além de não ter espaço com os eleitores da direita que deixaram Bolsonaro, o jogo de enfrentamento a Lula não traz votos da esquerda. "Vai ter que entrar num espaço mais à esquerda, e num campo nosso que respeita ele, como é o meu caso", disse.
Sobre os seus planos para 2022, Maia afirmou que pretende se lançar deputado federal pelo Rio de Janeiro. O partido, porém, ainda não foi decidido.