Hospitais de Ponta Grossa retomam cirurgias eletivas

Os hospitais de Ponta Grossa deram início ao mutirão de procedimentos eletivos que haviam sido suspensos em 2020 em decorrência da superlotação dos hospitais por conta da pandemia. Neste primeiro momento, serão realizados 530 procedimentos de vasectomia, histerectomia, laqueadura e vesícula. O investimento é cerca de R$ 580 mil do Governo do Estado. A escolha das especialidades pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) se deu pelo incômodo causado pelas doenças aos pacientes como dores e sangramento.

As cirurgias estão sendo realizadas em três hospitais da cidade: Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HURCG), Bom Jesus e Santa Casa. Em Castro, o Hospital Cruz Vermelha também ficará responsável por alguns procedimentos.

O Hospital Universitário pretende realizar 302 procedimentos entre adultos e pediátricos. Doze deles já foram realizados e outros 15 estão agendados para as próximas semanas. Segundo informações do hospital, os pacientes são das cidades de Carambeí, Castro, Ipiranga, Palmeira, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Porto Amazonas e São João do Triunfo.

O processo acontece com o chamamento dos pacientes para revisão de prontuário e consultas ambulatoriais pré-cirúrgicas para verificar a situação atual de saúde. Além das cirurgias elencadas pela FMS, os procedimentos incluem ainda o tratamento de varizes; amigdalectomia; correção de septo; tratamento cirúrgico de dedo em gatilho; reconstrução ligamentar intra-articular do joelho; colecistectomia videolaparoscopica; entre outros.

"As filas estavam represadas em decorrência de uma demanda já existente e foram intensificadas pela pandemia da Covid-19. Com a redução do número de internamentos, a direção do HU, junto à Sesa e 3ª Regional de Saúde, encampou a ideia do mutirão. O trabalho realizado pelas equipes do HU e Humai será feito com agilidade, segurança e respeito aos usuários, algo que sempre prezamos como um Hospital que atende de forma humanizada por meio do SUS", disse o diretor do HU-UEPG, Sinvaldo Baglie.

O setor administrativo do Bom Jesus informou que o hospital ficou responsável por realizar 160 procedimentos eletivos, mas não detalhou quais são eles e quando as cirurgias começaram. Já a Santa Casa de Misericórdia disse que não iria se pronunciar sobre o assunto.

A reportagem também tentou informações sobre o assunto com a FMS, mas foi informada de que deveria conversar com a 3ª Regional de Saúde sobre o assunto. O DC procurou pela direção do órgão, mas não houve retorno.

R$ 50 milhões

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, anunciou no começo de setembro que o Governo do Estado vai aportar R$ 50 milhões em 2022 para os procedimentos eletivos. O montante que será direcionado pelo Estado a esses serviços é quatro vezes maior do que o repasse do Ministério da Saúde em 2019, no valor de R$ 12 milhões.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa-PR) informou que esse valor já está incluso no orçamento do próximo ano. "O Estado tem total interesse em priorizar o atendimento das cirurgias eletivas e não medimos esforços para que os procedimentos sejam realizados. Haverá um chamamento público em algumas áreas, mas ainda está sendo definido", apontou a pasta.