A Justiça determinou que quatro réus pela morte da gerente bancária Tatiana Lorenzetti, em Curitiba, vão a júri popular. Tatiana tinha 40 anos, era gerente de um banco, e foi morta com um tiro na cabeça no dia 28 de dezembro quando saía de uma agência da Caixa Econômica Federal, no bairro Capão Raso.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), o crime foi encomendado pelo ex-marido da vítima, Antônio Henriques dos Santos. Ele é acusado de feminicídio qualificado por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e praticado no âmbito doméstico e familiar. Outros três homens, acusados de intermediar a contratação do atirador que matou a vítima, de planejar o crime e de participar da ação no dia do assassinato, respondem por feminicídio qualificado pela promessa de recompensa, recurso que dificultou a defesa da vítima e praticado no âmbito doméstico e familiar. Todos os acusados estão presos preventivamente, e um quinto homem, apontado pela polícia como sendo o atirador que matou a gerente, foi morto em confronto, no mesmo dia do crime. O juiz Daniel Avelar não aceitou o pedido das defesas para que os réus respondessem em liberdade.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), o ex-marido da vítima combinou de pagar R$ 25 mil aos demais acusados. O objetivo dele, segundo a acusação, era ficar com a guarda da filha que tem com a vítima. A menina morava com Tatiana. Com a guarda, o homem queria receber o seguro de vida, que seria pago à criança.
Segundo a investigação da Polícia Civil, Antônio planejou o crime durante três anos. A defesa de Antônio Henriques dos Santos afirmou que vai recorrer da decisão, "visto que o magistrado não considerou a possibilidade de o mesmo ser portador de doença psicológica e negou a instauração de um procedimento para analisar a saúde mental do réu".